06/03/2015 - 11:03 | última atualização em 09/03/2015 - 12:23

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OAB lança campanha nacional de combate à corrupção

site G1 e redação da Tribuna do Advogado

O Conselho Federal lançou nesta quinta-feira, dia 5, em Florianópolis, a Campanha nacional de combate à corrupção. A ação vem sendo articulada desde dezembro de 2014, segundo o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado, e tem como objetivo combater o problema nas esferas pública e privada. O lançamento aconteceu durante o Colégio de Presidentes de Seccionais, no qual 27 presidentes estaduais da entidade se reuniram na capital catarinense. O encontro segue até esta sexta-feira, dia 6.
 
"Estamos vivendo um momento delicadíssimo no país, de denúncias de crimes que exigem uma postura firme. Só a ordem pode colocar o Brasil no rumo certo. Ou acabamos com a corrupção ou ela acaba com o país", afirma Furtado.
 
Para o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, além de punir os culpados, o mais importante é evitar que os crimes se repitam. "Defendemos que as denúncias atuais sirvam para o aprimoramento institucional da nossa nação", apoia Felipe.
 
O presidente da OAB de Santa Catarina, Tullo Cavallazzi Filho, destacou a relevância do lançamento da campanha para o contexto atual do Brasil, de manifestações e crise política. Pode canalizar o anseio em mudanças estruturais, principalmente uma reforma política, ressaltou.
 
Para Marcos Vinicius Furtado, a OAB entende que os desvios de verbas drenam os recursos que deveriam ser usados em educação e saúde. "A sociedade fica no desejo de ser ouvida, o que também incentiva a devida apuração de todos os fatos", acredita.
 
O presidente nacional da Ordem destacou a necessidade de mudança, por meio de reformas política e estrutural do país. Segundo ele, um dos objetivos da campanha é combater o abuso do poder político e econômico. "A corrupção eleitoral é o germe da corrupção da politica", destaca.
 
Além disso, também é defendido o fim do financiamento empresarial em candidatos e partidos políticos, bem como o estabelecimento de limites para contribuições de pessoas físicas. A OAB pede a criminalização do  chamado caixa dois de campanhas eleitorais.
 
"Temos que acabar com as coligações que se unem para ter mais tempo de televisão e permitir um tempo igualitário para todos os candidatos", defendeu Furtado. O movimento pede ainda que a Lei da Transparência seja cumprida em todos os órgãos públicos, possibilitando o fácil acesso às informações.
 
Ainda não há detalhes de como a campanha será operacionalizada em nível nacional. O presidente do Conselho Federal explica que, nesta sexta-feira, dia 6, deve acontecer um debate entre os 27 presidentes de seccionais para definir as estratégias de atuação nos estados durante o segundo dia do encontro na capital catarinense.
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