OAB: absolvição de Renan evidencia urgência de reforma política Do site do Conselho Federal 13/09/2007 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, afirmou que a absolvição hoje do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por seus pares, no processo por quebra de decoro parlamentar, "evidencia a urgência urgentíssima de uma reforma política profunda no País". Em nota à imprensa, ele sustentou que o ambiente que cercou a votação e seu absurdo teor secreto agridem a ética, o bom senso e o mais elementar espírito democrático. "O espírito de corpo que presidiu essa sessão do Senado - e lhe conferiu contornos de ato clandestino - precisa ser definitivamente banido da vida pública brasileira", criticou o presidente nacional da OAB. A seguir, a nota do presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, sobre o resultado da votação do processo de Renan Calheiros: "A absolvição do senador Renan Calheiros evidencia a urgência urgentíssima de uma reforma política profunda no país. O resultado da votação, na contramão do clamor público, distancia ainda mais o Senado - instituição vital ao equilíbrio federativo - da sociedade que o provê e a que deveria representar. Não apenas o resultado em si da votação, mas o ambiente que a cercou e seu absurdo teor secreto agridem a ética, o bom senso e o mais elementar espírito democrático. Representantes do povo não podem, sob nenhuma hipótese, se esconder na hora de exercer a missão pública que lhes foi delegada. O espírito de corpo que presidiu essa Sessão do Senado - e lhe conferiu contornos de ato clandestino - precisa ser definitivamente banido da vida pública brasileira. Somente uma reforma política abrangente, que corrija distorções como essa da vida pública brasileira - poderá restabelecer a credibilidade e a confiança da sociedade em suas instituições. Que esse triste episódio sirva para aprofundar, no meio político, essa reflexão. E que o corporativismo senatorial não insista em manter na presidência de uma das mais elevadas instituições republicanas alguém que se incompatibilizou com o cargo. Seria errar duas vezes. O país não merece isso".