31/08/2015 - 11:14

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Niterói terá aplicativo de celular contra a violência

jornal O Fluminense

O presidente do Conselho Municipal de Segurança, Moacyr Chagas, anunciou ontem de manhã, durante reunião da entidade, que está em desenvolvimento um aplicativo para celular, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), que pretende reunir informações que facilitem o acesso a telefones e endereços das unidades de polícia da cidade.
 
O encontro do Conselho foi realizado na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro de Niterói. No local se reuniram representantes de segmentos da sociedade para discutir questões relacionadas à segurança do município. Segundo Chagas, o aplicativo, que recebe o nome provisório de NitSeg (Niterói Seguro), está em planejamento há quatro meses em parceria com os alunos do curso de Segurança Pública da UFF e a empresa Hondata.
 
A iniciativa não tem fins lucrativos e o projeto está sendo elaborado com custo zero. O aplicativo reunirá informações como telefones úteis, como os das unidades de polícia, a área de abrangência em que ela atua, endereços, números de registros de ocorrências para consulta dos usuários e informações sobre o índices de violência do município.
 
"As informações sobre segurança estão espalhadas. Nós queremos juntá-las para facilitar a vida do cidadão na hora de uma dificuldade", explicou Chagas.
 
O aplicativo ainda não tem prazo para ser disponibilizado, mas o presidente tem pressa pela finalização
Aplicativo reunirá telefones e endereços de unidades policiais e informações sobre índices de violência, entre outros do projeto.
 
"O aplicativo deveria ter sido criado para ontem", declarou.
 
O projeto chegou a participar de um concurso do Ministério das Comunicações sobre aplicativos úteis à comunidade. O presidente ressaltou que o aplicativo não tem a intenção de resolver todos os problemas de segurança, mas de ser uma ferramenta para resolução deles.
 
Além do aplicativo, problemas dos bairros integraram a pauta da reunião. A questão do trânsito também foi abordada. Segundo o presidente da NitTrans, coronel Paulo Afonso Cunha, a segurança pública envolve também o trânsito, entre outros aspectos, já que ela está relacionada com ordem pública.
 
A mesa do conselho foi composta ainda por delegados, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Niterói e da Loja Maçônica Maria Cláudia Vegas, entre outros. O debate girou em torno de como a política de segurança está sendo aplicada em Niterói e como melhorá-la.
 
O major Guimarães, do 12º BPM (Niterói) afirmou que a cidade caminha bem com a política de segurança pública e elogiou a integração que o conselho comunitário promove, mas afirmou que não existe fórmula mágica e que o trabalho é diário.
 
Ainda durante o evento, o vereador Daniel Marques levantou outro ponto relacionado à segurança: o investimento em políticas de habitação e planejamento urbano.
 
"Não adianta plantar árvores em encostas, para conter o desabamento, se não houver um planejamento habitacional para os moradores do local", argumentou o vereador.
 
Os moradores também tiveram espaço para colocar suas reclamações. Os membros do conselho acolheram as reivindicações e se prontificaram a encaminhá-las às autoridades.
 
O coronel Fernando Salema, comandante do 12º BPM (Niterói), chegou ao final da reunião e foi questionado por moradores do Jardim Icaraí sobre o prazo de implantação da Companhia Integrada de Policiamento e Proximidade (CIPP) na Praça Vital Brasil. A resposta do coronel foi curta, reafirmando que está prevista para setembro.
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