O presidente do Conselho Municipal de Segurança, Moacyr Chagas, anunciou ontem de manhã, durante reunião da entidade, que está em desenvolvimento um aplicativo para celular, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), que pretende reunir informações que facilitem o acesso a telefones e endereços das unidades de polícia da cidade. O encontro do Conselho foi realizado na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro de Niterói. No local se reuniram representantes de segmentos da sociedade para discutir questões relacionadas à segurança do município. Segundo Chagas, o aplicativo, que recebe o nome provisório de NitSeg (Niterói Seguro), está em planejamento há quatro meses em parceria com os alunos do curso de Segurança Pública da UFF e a empresa Hondata. A iniciativa não tem fins lucrativos e o projeto está sendo elaborado com custo zero. O aplicativo reunirá informações como telefones úteis, como os das unidades de polícia, a área de abrangência em que ela atua, endereços, números de registros de ocorrências para consulta dos usuários e informações sobre o índices de violência do município. "As informações sobre segurança estão espalhadas. Nós queremos juntá-las para facilitar a vida do cidadão na hora de uma dificuldade", explicou Chagas. O aplicativo ainda não tem prazo para ser disponibilizado, mas o presidente tem pressa pela finalização Aplicativo reunirá telefones e endereços de unidades policiais e informações sobre índices de violência, entre outros do projeto. "O aplicativo deveria ter sido criado para ontem", declarou. O projeto chegou a participar de um concurso do Ministério das Comunicações sobre aplicativos úteis à comunidade. O presidente ressaltou que o aplicativo não tem a intenção de resolver todos os problemas de segurança, mas de ser uma ferramenta para resolução deles. Além do aplicativo, problemas dos bairros integraram a pauta da reunião. A questão do trânsito também foi abordada. Segundo o presidente da NitTrans, coronel Paulo Afonso Cunha, a segurança pública envolve também o trânsito, entre outros aspectos, já que ela está relacionada com ordem pública. A mesa do conselho foi composta ainda por delegados, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Niterói e da Loja Maçônica Maria Cláudia Vegas, entre outros. O debate girou em torno de como a política de segurança está sendo aplicada em Niterói e como melhorá-la. O major Guimarães, do 12º BPM (Niterói) afirmou que a cidade caminha bem com a política de segurança pública e elogiou a integração que o conselho comunitário promove, mas afirmou que não existe fórmula mágica e que o trabalho é diário. Ainda durante o evento, o vereador Daniel Marques levantou outro ponto relacionado à segurança: o investimento em políticas de habitação e planejamento urbano. "Não adianta plantar árvores em encostas, para conter o desabamento, se não houver um planejamento habitacional para os moradores do local", argumentou o vereador. Os moradores também tiveram espaço para colocar suas reclamações. Os membros do conselho acolheram as reivindicações e se prontificaram a encaminhá-las às autoridades. O coronel Fernando Salema, comandante do 12º BPM (Niterói), chegou ao final da reunião e foi questionado por moradores do Jardim Icaraí sobre o prazo de implantação da Companhia Integrada de Policiamento e Proximidade (CIPP) na Praça Vital Brasil. A resposta do coronel foi curta, reafirmando que está prevista para setembro.