O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ) dá continuidade, nesta quarta-feira, dia 14, ao evento "Justiça e Direitos Humanos", com a exibição do filme "Menino 23", do cineasta Belisário França. O longa, que será apresentado às 18h no salão histórico do Tribunal do Júri, do Antigo Palácio da Justiça, narra a vida de um órfão que sobrevive a mais de 10 anos de escravidão em uma fazenda em Campina do Monte Alegre, São Paulo. Depois da exibição, haverá um debate sobre questões raciais e trabalhistas com membros da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB/RJ: desembargadora Ivone Caetano (aposentada), o advogado Humberto Adami, o professor Julio Tavares e o coronel da Polícia Militar Jorge da Silva, além de Yedo Ferreira, militante histórico na luta antirracista. A entrada é gratuita. O filme "Menino 23" parte da investigação do historiador Sidney Aguiar sobre centenas de tijolos marcados pela suástica nazista, a partir dos quais foi desvendada a história de um projeto criminoso de empresários ligados ao movimento eugenista (integralistas e nazistas) que removeram 50 meninos órfãos do Rio de Janeiro e os submeteram ao isolamento e trabalho na Fazenda Santa Albertina de Osvaldo Rocha Miranda. O historiador descobriu Aloísio Silva, que relembra no filme sua experiência, quando até o uso do próprio nome era proibido, e, por isso, foi chamado de menino "23".