17/09/2012 - 09:35

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Multirão obtém 91% de acordos em JECs

Jornal do Commercio

Foi realizado nesta sexta-feira mais um mutirão do Centro Permanente de Conciliação dos Juizados Especiais Cíveis do Rio de Janeiro. Santander, UOL e PagSeguros fizeram acordos em 91,25 % dos 294 processos da pauta. A estimativa do juiz coordenador do Centro de Conciliação dos Juizados Especiais Cíveis, Flavio Citro, é que até o fim do ano mais de 8.500 demandas sejam resolvidas. Desde o início do funcionamento dos mutirões, em junho de 2011, já foram realizadas 16.775 audiências.
 
O mutirão desta sexta-feira teve um reforço de peso: os juízes recém-empossados no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ( TJRJ), aprovados no 43º Concurso para Ingresso na Carreira da Magistratura fluminense deste ano, participaram das audiências.
 
Segundo o juiz Leopoldo Heitor Andrade Mendes Junior, todos os dias eles têm atividades do curso de formação, promovido pela Emerj, mas esta é uma experiência bastante particular e enriquecedora. "Nós já passamos pelos juizados especiais, mas os índices de conciliação são bem menores do que os obtidos aqui no mutirão. Queríamos descobrir in loco qual a fórmula para este sucesso", afirmou o magistrado. A juíza Ingrid Vasconcellos disse que é uma ótima oportunidade para verificarem como se dá o relacionamento entre as partes e como são realizados os acordos.
 
O advogado Canrobert Bueno de Moraes, que propôs ação em causa própria contra o banco Santander, contou que ao tentar pagar suas compras em um supermercado no Leblon, Zona Sul do Rio, teve a ingrata surpresa de ter o seu cartão recusado. Ao contactar o banco, disseram que houve uma tentativa de fraude, mas não explicaram as circunstâncias. "Gostei da postura dos juízes conciliadores que ajudaram muito na negociação. Consegui um bom acordo de R$ 1 mil. Acredito que o caminho da negociação é melhor que deixar o processo correr, e esperar durante longos meses a sentença e depois os recursos", afirmou.
 
Nome negativado
 
Felipe Pereira Martins contratou um cartão de crédito com o Santander, que nunca recebeu, mas ainda assim teve seu nome negativado pela empresa. "Provavelmente o cartão foi enviado para endereço errado e com a senha junto. Fizeram compras no valor de R$ 3 mil e, claro, não pagaram. Consegui um acordo de R$ 1,8 mil. Saio do tribunal satisfeito, pois não esperava ter a ação resolvida tão rapidamente", disse o consumidor.
 
Segundo a advogada do Santander, Flávia Regina de Almeida, "o resultado de hoje (sexta-feira) representa o esforço e a mudança de postura do banco, que a um só tempo resgata a confiança do cliente, coopera com o Judiciário na redução do acervo de processos e colhe no estudo concentrado deste passivo a prevenção para a efetiva redução da litigiosidade que prejudica a todos: as partes, a instituição e o Judiciário".
 
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