Morreu nesta terça-feira, dia 19, aos 88 anos, no Rio de Janeiro, Iramaya de Queiroz Benjamin, fundadora do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA). Ela morre no mesmo dia em que o Levante Popular da Juventude e o movimento Articulação Nacional pela Memória, Verdade e Justiça promoveram ato de escracho contra um dos suspeitos de torturar e matar presos políticos durante a ditadura militar, o militar Dulene Aleixo Garcez dos Reis. Ironicamente, ele foi reconhecido como um dos torturadores do ex-militante Cid de Queiroz Benjamin, filho de Iramaya. O militar, capitão da Infantaria do Exército em 1970, teria participado das sessões de tortura nas dependências do DOI-Codi, na Tijuca, que teriam resultado na morte do jornalista e secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Mário Alves. O protesto aconteceu onde mora o suposto torturador, na rua Lauro Muller, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo informação de moradores, Aleixo é subsíndico do prédio. Iramaya, junto com outras mães de presos políticos, teve a iniciativa de lançar o Comitê Brasileiro pela Anistia, no ano de 1978. Ela está sendo velada na Capela 2, do Cemitério São João Batista. O enterro é às 16h.