11/05/2010 - 16:06

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Ministro da Justiça recebe investigação sobre Tuma Júnior

Ministro da Justiça recebe investigação sobre Tuma Júnior

 

 

Do Valor Econômico

 

11/05/2010 - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, recebeu na sexta-feira todos os documentos relativos à investigação da Polícia Federal que apura o suposto envolvimento do secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com o chinês Paulo Li, preso em São Paulo acusado de formação de quadrilha e contrabando. Barreto teria uma reunião com Tuma Júnior ainda ontem, segundo nota divulgada por sua assessoria. A reunião começou por volta das 21 horas.

 

Barreto esteve duas vezes ontem no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo. Na primeira visita, acompanhado do diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, reuniu-se com o chefe de gabinete do presidente Lula. Gilberto Carvalho. No início da noite, nova ida ao CCBB, para tratar de reajuste dos servidores, ao lado de outros ministros. Ele saiu do encontro sem falar com a imprensa.

 

Se o ministro da Justiça já tem os documentos, a Comissão de Ética Pública vai solicitá-los para a PF e a 3ª Vara de Justiça Federal de São Paulo, onde tramita o processo. Após reunião que durou todo o dia de ontem, a comissão decidiu dar um prazo de cinco dias, a partir da notificação, para que Tuma Júnior apresente sua versão sobre a suposta relação com o contrabandista chinês. O decreto que cria a Comissão Pública dá poderes a ela para solicitar documentos que envolvam as atividades de servidores, mesmo que esses corram sob sigilo de Justiça.

 

Apesar da expectativa, o tema não foi abordado durante a reunião da coordenação política realizada ontem. Questionado sobre o assunto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou que o assunto é grave mas que é preciso dar um tempo para que as investigações sejam realizadas. As instituições estão funcionando normalmente e o secretário Tuma Júnior tem todo o direito de se defender das acusações.

 

Uma semana depois de surgirem as primeiras denúncias envolvendo Tuma Júnior, a situação dele torna-se cada vez mais frágil. Em um primeiro momento, Lula disse que ele tinha o direito à defesa mas que tinha uma longa lista de serviços prestados ao país como delegado da Polícia Civil de São Paulo.

 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D'Urso, divulgou nota ontem para dizer que defende a permanência do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, no cargo. Segundo o advogado criminalista, as denúncias contra Tuma Jr. devem ter vista com reserva. Recebo com reserva, aliás, como devem ser recebidas quaisquer denúncias que surjam na mídia em ano eleitoral, afirma D'Urso.

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