22/07/2016 - 18:47

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Ministro aposentado do Supremo, Eros Grau quer entrar para a ABL

revista eletrônica Conjur

Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau quer ser um imortal. Ele se candidatou para entrar para a Academia Brasileira de Letras. O presidente da ABL, Domício Proença Filho, já recebeu a carta do jurista pedindo para concorrer à vaga deixada pelo crítico teatral Sábato Magaldi, que morreu no dia 14 de julho. Ele ocupava a cadeira de número 24. O poeta Geraldo Carneiro é o único concorrente de Eros Grau por enquanto, segundo a ABL. A eleição vai acontecer no final de outubro.
 
Não é a primeira vez que o ministro aposentado tenta ocupar uma cadeira dentro do Petit Trianon, no centro do Rio de Janeiro, e tomar o tradicional chá da tarde às quintas-feiras na companhia de José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Carlos Heitor Cony, Lygia Fagundes Telles, Ana Maria Machado e Paulo Coelho, entre outros. Em 2010, quando saiu do STF, Grau estava de olho na cadeira 29, do diplomata e ensaísta pernambucano Geraldo de Holanda Cavalcanti.
 
Eros Grau já escreveu vários livros sobre Direito. Na área da ficção, a estreia aconteceu em 2007, quando publicou Triângulo no Ponto, que retrata a vida de três personagens durante a ditadura militar (1964-1985). O trabalho tem um forte apelo erótico. “O sexual é tão marcante no livro que até mesmo em discussões sobre arte, literatura, política, mercado ou neoliberalismo imperam devaneios em que parceiras executam posições e entregas”, diz uma resenha publicada pela ConJur na ocasião do lançamento do livro.
 
Em 2013, o aspirante a imortal publicou Teu Nome Será Sempre Alice, de contos, também com forte apelo erótico. Segundo o texto de apresentação do livro, “é a partir da aventura amorosa, da busca do outro, que, no limite, se confunde com a realização da própria identidade, que se localizam os contos de Eros Grau. Não se trata de uma celebração festiva da carne: pelo contrário, Grau parece estar perfeitamente consciente de que, como seres condenados à linguagem, a fuga da solidão essencial esbarra num imenso muro de palavras”.
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