31/08/2016 - 11:36

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Militares presos achavam que carga era de cigarro, diz defesa

jornal Folha de S. Paulo

Os três cabos do Exército presos em flagrante ao transportar três toneladas de maconha em um caminhão da própria Força achavam que o veículo estava carregado com cigarros contrabandeados, segundo Hilton Tozetto, advogado que assumiu a defesa dos militares envolvidos.
 
Eles foram presos no último domingo, dia 28, em Campinas (99 km de São Paulo), após troca de tiros com equipes da Polícia Civil paulista.
 
De acordo com Tozetto, os cabos Raul Simão, Higor Attene e Maykon Coelho ganhariam R$ 10 mil para transportar a carga de Mato Grosso do Sul até uma garagem abandonada em São Paulo.
 
"A cabine é blindada, eles não participaram do trabalho pesado de carregamento", diz. "Eles sabiam que praticavam um ato ilícito, mas não estavam cientes que era transporte de drogas."
 
O advogado afirma que Simão e Coelho foram responsáveis pela direção do veículo, enquanto Attene ficou na cabine do caminhão.
 
Tozetto defende que os três respondam à acusação em liberdade, por não terem antecedentes criminais.
O Exército afirmou que expulsará os três cabos.
 
Um inquérito policial militar para apurar os fatos e as responsabilidades foi instaurado paralelamente à apuração da Polícia Civil.
 
O caso
 
O Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), da Polícia Civil, investigava o caso há três meses.
 
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os policiais descobriram que um carregamento de drogas chegaria a Campinas e montaram uma operação para buscar um flagrante do crime.
 
Após a abordagem, os militares trocaram tiros com os agentes do Denarc antes da prisão. Um deles, Raul Simão, foi atingido por um tiro, consegui fugir, mas foi detido em um hospital da região.
 
Além dos militares, outros dois homens foram presos e uma arma com numeração apagada foi apreendida.
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