10/08/2012 - 12:03

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Memória e Verdade: definição de campanhas e audiência pública

redação da Tribuna do Advogado

Por aclamação, mais de 20 entidades ligadas à defesa dos direitos humanos e da cidadania, sindicatos, organizações estudantis e de trabalhadores aprovaram na noite de terça-feira, dia 7, a proposição da OAB/RJ de deflagrar campanha pelo tombamento dos principais locais usados no Rio de Janeiro para a tortura de presos na ditadura pós 1964, com sua posterior transformação em centros de cultura, debates e resgate da memória histórica. Foi aprovada, ainda, a iniciativa de propor aos candidatos a prefeito que se comprometam com a instalação de marcos nos locais onde houve torturas e assassinatos.
 
Margarida Pressburger lê texto sobre campanhas pela Memória  |  Foto: Lula Aparício
A iniciativa antecede a audiência pública que a Comissão Nacional da Verdade fará na Seccional nestas segunda e terça-feiras, dias 13 e 14. Na ocasião, será assinado um termo de cooperação entre a OAB/RJ e a comissão e serão entregues depoimentos colhidos pela Seccional sobre arbitrariedades cometidas pela Justiça Militar contra presos políticos.
 
A ideia da instalação de marcos, que foi apresentada pela OAB/RJ, segue a linha do projeto Marcas da Memória, firmado entre a prefeitura de Porto Alegre e o Movimento de Justiça e Direitos Humanos, de fixação de placas informativas com breves resumos do que aconteceu em locais de luta pela democracia. Buenos Aires, Paris e Varsóvia são capitais mundiais onde o Poder Público pôs em prática a mesma proposta.
 
 
Após aprovarem as iniciativas da Seccional, apresentadas pelo coordenador do grupo de trabalho da Comissão da Verdade da OAB/RJ, conselheiro Marcelo Chalreo, os representantes das demais se somaram aos esforços de organizar as duas campanhas.
 
Participaram da mesa a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem, Margarida Pressburger, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Agostinho Guerreiro, o conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa Mário Augusto Jakobskind e o secretário executivo do Conselho Regional de Economia (Corecon), Wellington Leonardo da Silva.
 
Apoiaram e subscreveram as propostas, engajando-se nos movimentos, os representantes dos sindicatos dos advogados, dos médicos, dos jornalistas, dos professores, dos economistas, dos petroleiros e dos engenheiros do município do Rio de Janeiro, o grupo Tortura Nunca Mais, o Movimento de Defesa da Economia Nacional, o Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (Cejil), a Casa América Latina, o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, estudantes da UFRRJ e da Federação Nacional de Escolas Técnicas, entre muitos outros.
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