06/08/2013 - 08:40 | última atualização em 06/08/2013 - 19:40

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Manifestações: OAB/RJ auxiliou em cerca de 400 prisões arbitrárias

jornal Destak

As comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da OAB/RJ estimaram que a entidade já ajudou um total de 400 manifestantes em casos de prisões arbitrárias durante protestos realizados no Rio, desde o início, ainda em junho. São pessoas detidas, em alguns casos, por formação de quadrilha, sem nem se conhecer.
 
Apenas no protesto da Alerj, no dia 17 de junho, um dos primeiros mais violentos, a OAB afirma que a PM prendeu cerca de 35 manifestantes arbitrariamente.
 
Os advogados, muitos criminalistas, se organizam por conta própria pelo Facebook, e a OAB presta apoio institucional, coordenando as ações, segundo Felipe Santa Cruz, presidente da entidade, em entrevista à BBC Brasil.
 
Emergencial, o atendimento conta com um grupo que atua de observadores nos protestos e com outro que fica de plantão nas delegacias. Depois que o acusado passa a responder pelo crime, a OAB não presta mais assistência.
 
"Defendemos que a polícia atue de forma técnica, prenda quem tem que prender. O problema é que, no Brasil, é muito oito ou 80. Ou dizem que a polícia pode bater e atirar, ou dizem que ela não pode fazer nada", afirmou o presidente da OAB.
 
A entidade virou um dos símbolos de resistência aos abusos de policiais militares durante protestos, principalmente depois das discussões pelo Twitter entre as instituições, cujos perfis na rede social são e . Na ocasião, a PM acusou a Ordem de "atrapalhar" a atuação da polícia. "É preciso preservar o direito de protestar", disse o presidente.
 
Feministas são ameaçadas
 
Organizadoras da Marcha das Vadias disseram estar sofrendo ameaças de morte desde a realização do ato no dia 26 de julho. Segundo Rogéria Peixinho, as mensagens têm chegado pelas redes sociais e telefonemas. Contatos pessoais das feministas estariam sendo disponibilizados em páginas no Facebook.
 
Durante o protesto na JMJ, imagens de santas foram quebradas. O episódio não teve relação com a organização da Marcha das Vadias e o casal responsável será investigado pela polícia, já que a ação é passível de prisão pelo Código Penal.
 
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