Integrantes da Comissão de Política sobre Drogas (CPDr) da OAB/RJ e da Sociedade Brasileira de Vitimologia (SBV) lançaram, nesta quarta-feira, dia 18, o livro Vitimologia na contemporaneidade. A obra traz textos de vários autores sobre vítimas de violência, de arbitrariedades, de discriminação, entre outros. Alguns autores como Ester Kosovski, Elida Séguin, Leonardo Ferraro, Selma Aragão, Orestes Manoel da Silva e Tibério Machado apresentaram seus trabalhos. Ao final das palestras, houve um coquetel de lançamento. O presidente da comissão, Wanderley Rebello Filho, fez um resumo dos temas abordados no livro e destacou os aspectos mais latentes na sociedade hoje. “Há vítimas que sofrem os efeitos e não fizeram nada para contribuir para o crime, como é o caso das vítimas de bala perdida no Rio de Janeiro, as vítimasdo atentado no Bataclan, em Paris. A vitimologia hoje em dia é um exercício diário, as vítimas se reproduzem em todos os cantos, de todas as formas”, afirmou. Elida Séguinfalou sobre a morte na sociedade atual. “A perda não é bem vista. Tanto no começo quanto no fim da vida existem lágrimas e situações de vitimização. Vejam as crianças nascendo com patologias, algo que não é novo. A morte pode igualar, mas a doença certamente aprofunda as diferenças e vitimiza cada vez mais”, disse ela. Já a ex-presidente da SBV Selma Aragão abordou a questão da vitimização da mulher. “Não podemos mais trabalhar a teoria apenas, temos que trabalhar a vitimização in loco, na prática. Sabemos o que podemos propor aos poderes estabelecidos. Hoje quem faz o trabalho não é só o Estado, são também os movimentos sociais”, completou.