30/06/2015 - 17:33 | última atualização em 06/07/2015 - 14:10

COMPARTILHE

Livro que retrata mulheres do Direito brasileiro é lançado na OAB/RJ

redação da Tribuna do Advogado

Publicado pela editora Altadena com o apoio da OAB/RJ, o livro As mulheres do Direito Brasileiro, que destaca advogadas, juízas, delegadas e promotoras que ajudaram a construir a história do Direito no Brasil, foi lançado oficialmente nesta segunda-feira, dia 29, na sede da Seccional.
 
À venda em livrarias e no site da editora, a obra se inicia com o perfil da advogada que abriu caminho para todas as outras, Myrthes Gomes de Campos, a primeira a exercer a profissão no país. Myrthes concluiu o bacharelado em Direito em 1898, mas, devido as fortes discriminações, apenas em 1906 conseguiu ingressar no quadro do Instituto dos Advogados do Brasil, condição necessária para o exercício profissional da advocacia.
 
A partir dela são retratados mais exemplos de expoentes no Direito, mulheres do Judiciário, advogadas e as delegadas. A elaboração do livro foi coordenada pelo conselheiro seccional Marcos Luiz de Souza, que assumiu, junto à advogada Marta Maciel Savio o projeto apresentado pelo jornalista Radamés Vieira e pelo diretor da Altadena Jorge Savio. A supervisão ficou a cargo das advogadas Dea Matozinhos, Margarida Pressburger e Rosa Fonseca, as três também personagens tanto por pioneirismo em suas áreas de atuação quanto por luta em favor dos direitos da mulher.
 
"É importante termos em mente que o Direito ainda é um meio muito machista. E se nós encontramos nas carreiras públicas hoje uma representação razoável de mulheres, isso infelizmente não se dá na advocacia, vide que, este ano, o Conselho Federal aprovou uma portaria estipulando cota de 30% na representação de mulheres nas chapas às seccionais da OAB", ressaltou o vice-presidente da Seccional, Ronaldo Cramer, no evento realizado para apresentar a obra ao público.
 
O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, reforçou: "É óbvio que a advocacia, por mais comprometida que seja com a igualdade, está inserida na sociedade que ajudou a criar e que a criou. Então essa desigualdade é reproduzida quando, por exemplo, vamos citar referências da nossa profissão, geralmente masculinas. Mas são tantas as mulheres que foram heróicas... Por isso esse resgate é tão importante".
 
A mesa foi composta, além da equipe que participou da feitura do livro, pelo presidente do Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro, Álvaro Quintão, e contou com discurso da socióloga Jacqueline Pitanguy, coordenadora executiva da organização CEPIA (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação, Ação) e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
 
O evento teve a presença de personagens do livro, como as advogadas Maria Adélia Campello, primeira e única mulher a presidir o Instituto dos Advogados Brasileiros; Maíra Fernandes, primeira mulher a presidir o Conselho Penitenciário do Estado do Rio e Mirian Stanescon, que fez história sendo a primeira cigana a fazer faculdade no Brasil.
 
 
Abrir WhatsApp