30/08/2011 - 10:25

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Lista do CJN contabiliza 134 juízes sob ameaça

jornal O Fluminense

O número de juízes ameaçados no Brasil chegou a 134, de acordo coma última atualização do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na lista, há l3 juízes que tem a vida em risco no Rio de Janeiro,o segundo estado com maior número de ameaças a magistrados. O Paraná parece em primeiro na lista do CNJ, com 30 juízes. Os nomes que constam na lista foram encaminhados à Corregedoria Nacional de Justiça. O número preocupa o CNJ, principalmente o assassinato da juíza da Vara Criminal de São Gonçalo, Patricia. foi morta em seu ¢arro no dia 11 com 21 tiros em frente a sua casa em Piratininga, Niterói. A magistrada era ameaçada desde 2007.

O pedido para atualização  dos dados foi feito em junho a todos os tribunais estaduais e aos tribunais federais. Segundo o CNJ, desde aquele mês a corregedoria está elaborando um plano para a segurança dos magistrados. Um grupo formado por conselheiros do CNJ está analisando medidas que deverão ser tomadas para a proteção dos juízes. A vice-presidente de Direitos Humanos da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil de Alcantara, juíza criminal do Rio, considera o número bastante elevado.

"Se considerarmos que este número equivale aos juízes que registraram ameaças no Conselho que existe uma parcela de profissionais que não fazem isto, podemos ter um número ainda maior. A maior parte dos juízes ameaçados é da área criminal e julgam processos de crimes de organizações criminosas como milícias e tráfico de entorpecentes. Mas nós também recebemos denúncias de ameaças contra juízes da área civil, que precisam expedir manda os a pessoas ligadas à máfia das vans, bastante atuante em São Gonçalo,e às máfias do gás,luz e gatonets", disse ela.

A juíza Renata Gil também ressaltou que a AMB está tomando medidas para aumentar a segurança dos magistrados.

"Estamos desde janeiro deste ano desenvolvendo o Plano Nacional de segurança de Magistrado. Paralelo a isso está em ' funciomento uma comissão de Segurança AMB, que tem contato direto com o CNJ para saber os casos de juízes ameaçados. Nosso objetivo é buscar uma padronização para todos os Estados de uma segurança mínima para o magistrado e desenvolver um serviço de inteligência como modelo para todas as unidades federativas", explicou a juíza.

Na lista anterior, divulgada no último dia 13, havia 69 juízes ameaçados, 13 sujeitos a situação de risco e 42 escoltados, sendo que muitos deles se enquadram em mais de uma dessas situações.
 
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