17/03/2017 - 11:19 | última atualização em 17/03/2017 - 11:21

COMPARTILHE

Justiça do Rio pede ao STJ a volta de 3 milicianos para presídios federais

jornal O Globo

O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio, Rafael Estrela, entrou com pedido de liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que seja determinada a imediata transferência de três criminosos para presídios federais: Jerônimo Guimarães Filho, Natalino José Guimarães e André Luiz da Silva Malvar - todos envolvidos com a maior milícia do estado. Segundo a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), eles estão entre os 15 detentos que regressaram anteontem ao Rio.
 
A decisão da volta dos presos ao estado foi do juiz corregedor do presídio federal de Mossoró (RN), a cerca de 2.400 quilômetros do Rio. Da lista, dez já estavam para retornar, pois tinham sido transferidos por determinação da Justiça do Rio, como parte do plano de segurança do estado para a Olimpíada. Na época, os criminosos foram identificados como os mais perigosos pela Secretaria de Segurança.
 
O magistrado do Rio vai examinar a situação de outros dois detentos que voltaram ao estado. A VEP também alega que não foi informada sobre o embarque do grupo e que ainda não tinha terminado o prazo para que a Justiça do Rio se posicionasse sobre a decisão federal de trazer os presos de volta.
 
Em nota, a Secretaria de Segurança alega que "solicitou, no ano passado, que esses presos continuassem no presídio federal, já que informações do setor de inteligência indicavam que, apesar de presos, esses criminosos mantinham influência em facções criminosas'! O texto destaca ainda que, no início deste mês, informou mais uma vez à Vara de Execuções Penais que esses presos deveriam ficar no presídio federal.
 
Desde a noite de quarta-feira, todos os presos que voltaram de Mossoró estão na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu I), unidade de segurança máxima no Complexo Penitenciário de Gericinó. Dos 15 detentos, 12 integram a maior facção criminosa do Rio.
 
Crime em família
 
Em julho de 2008, o então deputado estadual Natalino Guimarães foi preso, acusado de chefiar uma milícia que controlava grande parte de Campo Grande e bairros vizinhos. lá seu irmão Jerominho, ex-policial civil que à época era vereador, foi preso em dezembro de 2007, pelo mesmo motivo. O grupo controlava serviços clandestinos de transporte alternativo, segurança, distribuição de gás e venda de sinal de TV a cabo, arrecadando, segundo a polícia, R$ 2 milhões por mês. Ex-policial, André Malvar é genro de Jerominho.
Abrir WhatsApp