A Justiça liberou ontem a realização dos últimos quatro dias do Rock in Rio de hoje até domingo , depois de bombeiros terem constatado, numa vistoria, que a organização do festival havia atendido às exigências feitas para garantir a segurança do público. Mais cedo, a Justiça determinara que o evento só poderia ter continuidade se fossem corrigidas irregularidades, apontadas pelo Ministério Público e pelo Corpo de Bombeiros, no esquema montado para atender emergências. A decisão havia sido tomada pela juíza Márcia Cunha de Araújo Carvalho, da 2ª Vara Empresarial. A multa prevista era de R$ 10 milhões. Foi o Ministério Público que recorreu à Justiça. Durante o primeiro fim de semana do festival, representantes do órgão e dos bombeiros inspecionaram o local do evento e, segundo o laudo emitido, constataram que o número de médicos, leitos, suprimentos e ambulâncias era insuficiente para atender o público, não estando de acordo com o exigido dos organizadores. O Corpo de Bombeiros encontrou problemas ainda em áreas de escape para ambulâncias. Os fiscais constataram que uma saída de emergência, na direção da roda-gigante, por exemplo, estava trancada com cadeado. Outra tinha um portão que parecia emperrado. Foi detectado também um problema de sinalização: num painel eletrônico, uma seta mandava o público para um lado, mas um boneco corria na direção contrária.