Levar equilíbrio aos conflitos da área de Família não é tarefa fácil, destacou a juíza Maria Cristina de Brito Lima em palestra sobre as circunstâncias jurídicas dos relacionamentos familiares, realizada nesta quinta-feira, dia 2, na sede da OAB/RJ. O evento debateu temas como divórcio, guarda de filhos e alimentos. Para juíza, é impossível definir uma formação de família que sirva de padrão aos demais "É preciso que nos especializemos em uma tentativa constante de sermos eficientes. O mais bacana é que os instrumentos jurídicos já têm se multiplicado, pois há o entendimento de que o Direito de Família é algo intrínseco ao próprio desenvolvimento da pessoa humana. A beleza do nosso trabalho está em conseguir fazer com que casais que não se comunicam consigam um convívio harmônico. É difícil, mas é o nosso trabalho. Casais que tem um bom entrosamento não buscam uma vara de Família para tratar dos seus problemas. Nosso trabalho está em achar um equilíbrio dentro de um modelo que até então parecia ruído", analisou a magistrada, titular da 1ª Vara de Família Regional da Barra da Tijuca. Em sua fala, Maria Cristina abordou detalhes sobre os divórcios, os tipos de partilha de bens, a multiparentalidade, os novos formatos de família, entre outros assuntos. Segundo a juíza, hoje é impossível definir uma formação de família que sirva de padrão para todas as famílias. "Cada família tem um modelo próprio. Adequado à sua realidade. Nossa única obrigação é atestar o cumprimento jurídico e acompanhar o desenvolvimento psicológico para que essas novas formações funcionem", concluiu. A palestra foi organizada pela Comissão OAB Mulher. Participaram da mesa a presidente da Comissão, Rosa Maria Fonseca, a representante da Secretaria de Política para Mulheres do Rio de Janeiro, Joseli Serqueira, e o coordenador das comissões especiais da Ordem fluminense, Fábio Nogueira.