02/08/2016 - 10:53 | última atualização em 02/08/2016 - 10:52

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Inteligência internacional se reunirá no Rio

jornal O Globo

Centro que terá agentes de cem países começa a funcionar amanhã; objetivo é detectar ameaças
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ativará amanhã no Rio, em um endereço que não será divulgado, o Centro de Inteligência de Serviços Estrangeiros (Cise). No local, trabalharão funcionários de cerca de cem agências internacionais, numa das maiores operações conjuntas de inteligência já realizadas no mundo. O objetivo principal é detectar, com o máximo de antecedência, eventuais ameaças à Olimpíada.
 
"É a maior mobilização da inteligência federal brasileira até hoje. Além da atuação dos nossos profissionais e dos órgãos parceiros nos oito centros de inteligência já acionados, servidores de todas as 26 superintendências regionais também estão mobilizados para atuar em diversos pontos do país", afirmou o diretor-geral da Abin, Wilson Roberto Trezza.
 
No Rio, além do Cise, estará em operação o Centro de Inteligência dos Jogos (CIJ), no qual trabalharão profissionais de 82 órgãos públicos e concessionárias de serviços. O CIJ, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, produzirá dois tipos de documentos: sínteses diárias (manhã e tarde) de natureza operacional e relatórios de caráter analítico, que serão distribuídos para o Ministério da Defesa e secretarias de Segurança Pública.
 
Hackers preocupam
 
Um grupo tem preocupado os responsáveis pela segurança do espaço aéreo brasileiro durante os Jogos: o de hackers que tentam burlar sistemas operacionais de voos. Na Copa do Mundo, eles realizaram uma média de 3 mil ataques por dia contra o Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA) da Aeronáutica.
 
"Estamos sendo sempre testados. Na Copa, sofremos milhares de ataques. Foram tantas tentativas de invasão à nossa rede em 2014 que, para os Jogos do Rio, decidimos desenvolver um sistema de gerenciamento voltado apenas para os voos olímpicos e paralímpicos", disse o coronel Luís Roberto Barbosa Medeiros, chefe do CGNA.
 
Desde o início deste ano, a Abin monitora cerca de 40 grupos de hackers considerados de alta periculosidade.
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