06/03/2013 - 08:40 | última atualização em 06/03/2013 - 12:54

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Inaugurada sala-cofre para dados de processos judiciais do TRF-2

Jornal do Commercio

Com a chegada do processo judicial eletrônico, e, por conseguinte, com a aproximação do fim dos processos em papel, a guarda dos autos judiciais tem exigido atenção especial na Justiça Federal da Segunda Região. Atualmente, só na Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ), existem cerca de 950 mil processos eletrônicos, com aproximadamente 22,2 milhões de peças processuais digitais. Por conta disso, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) investiu na instalação de uma sala-cofre, que foi inaugurada ontem, pela presidente do TRF-2, desembargadora federal Maria Helena Cisne.

O espaço, que já está em operação desde fevereiro, garante condições mais adequadas e mais segurança para o armazenamento e funcionamento do centro de processamento de dados que contém todas as informações administrativas e judiciais do órgão e da primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro.

O projeto da sala-cofre surgiu a partir de um relatório elaborado há aproximadamente três anos pela Secretaria de Tecnologia e Segurança da Informação (STI). O antigo datacenter - como o pessoal técnico costuma se referir ao espaço que abriga os equipamentos que compõem o centro de processamento das informações digitais - acabou ficando incompatível com a crescente informatização e o aumento da demanda do tribunal, necessitando, assim, de ganhar um novo ambiente.

Risco existe

De fato, o risco para dados gerados e arquivados existe e não é desprezível. Tanto o TRF-2 quanto a Seção Judiciária do Rio de Janeiro já sofreram incidentes. Um alagamento e um princípio de incêndio, que não tiveram conseqüências graves, sinalizaram a importância de investir na melhoria da estrutura. Nos recintos que até o mês passado abrigavam o datacenter do TRF-2, podiam ser detectados vários problemas, como o pé direito muito baixo para as máquinas existentes, problemas de refrigeração e excessivo consumo de energia, piso e cabea- mento impróprios e pouco espaço para ampliação.

As novas instalações ocupam um espaço físico de 62 metros quadrados. O projeto foi desenvolvido pela única empresa cujas salas-cofre são certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), de acordo com normas editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Entre as ameaças que a unidade montada noTRF- 2 deve barrar estão fogo, calor, fumaça, gases corrosivos, água, vazamentos, acesso indevido, roubo, furto, escombros, explosão, poeira, armas de fogo e pulsos eletromagnéticos. Além disso, ela é modular, podendo ser deslocada no caso de futura mudança de endereço, sem qualquer prejuízo das informações nela contidas.

Prestigiaram a cerimônia de inauguração os desembargadores federais Sérgio Schwaitzer, José Antônio Lisboa Neiva, Aluisio Mendes e Marcus Abraham, os juizes federais Alexandre Libona- ti, Carlos Cuilherme Lugones, Paula Patrícia Provedel e Ozair Victor, e o diretor geral do TRF-2, Jaderson Corrêa dos Passos, entre outras autoridades e servidores.
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