01/12/2016 - 12:29 | última atualização em 01/12/2016 - 14:09

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II Conferência da Mulher Advogada tem presença marcante da OAB/RJ

redação da Tribuna do Advogado e site do Conselho Federal

Foto: Eugenio Novaes  |   Clique para ampliar
Com uma comitiva composta por mais de 100 advogadas, a OAB/RJ marcou presença na II Conferência Nacional da Mulher Advogada. Participaram do grupo a presidente e a vice da Comissão OAB Mulher, Daniela Gusmão e Marisa Gaudio, respectivamente, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Silvana do Monte Moreira, conselheiras seccionais e integrantes da OAB Mulher da Seccional e das subseções. Daniela Gusmão compôs a mesa na palestra de abertura e foi mediadora do painel que abordou a participação das mulheres na política. 
 
Para Daniela, o sucesso da II conferência é fundamental para a consolidação  da participação das mulheres advogadas nas discussões que interessam à advocacia brasileira e para a implementação do Plano de Valorização da Mulher Advogada em cada Seccional. "A causa das advogadas é a causa da mulher brasileira. Além disso, num momento em que são várias as tentativas de enfraquecimento da advocacia, é fundamental deixar clara a nossa união e os nossos objetivos", destaca.
 
O debate sobre a participação feminina na vida política teve como palestrante a conselheira federal Luciana Nepomuceno (MG), mestre em Direito. Segundo Luciana, 3,3 bilhões de mulheres no mundo ainda dependem de homens. "Muitas vezes, trabalham o mesmo ou mais tempo que esses homens, mas recebem menos dinheiro. A luta pela presença das mulheres nos espaços de poder deve considerar os entraves e o preconceito que a própria sociedade prega e exerce. Se uma mulher se dispõe a enfrentar a política, todo erro e todo o drama que ocorrer em sua casa será colocado na conta de sua ausência”, iniciou.
 
Luciana apresentou as discrepâncias numéricas entre o quantitativo de vereadores e vereadoras eleitos, de prefeitos e prefeitas, governadores e governadoras, deputados e deputadas estaduais e federais, e outros cargos eletivos entre as eleições de 2012 e de 2016. “Somente nas cidades de São Paulo, Florianópolis e aqui em Belo Horizonte, dentre as 27 capitais no Brasil, o número de vereadoras aumentou em relação a 2012. Nas demais, sequer se manteve: caiu em todas”, contabilizou.
 
Ela lembrou, ainda, que em 2016 o estado de Minas Gerais passou a ocupar o ranking nacional de mulheres que disputaram as últimas eleições e não tiveram nenhum voto. “Senhoras, são 2.178 mulheres na função de laranja aqui no estado, sendo que o total de homens em todo o Brasil nesta mesma condição foi de 1.714. Por que faltam lideranças femininas? Porque, além de se submeter a uma barbaridade como essa, as líderes são barradas para não ocuparem os lugares dos caciques. Os próprios partidos recrutam mulheres que não irão se eleger”, denunciou.
 
O painel foi encerrado com um vídeo sobre mulheres que fizeram história na política.
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