04/10/2018 - 17:22 | última atualização em 04/10/2018 - 17:51

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GT promove debate sobre impacto do racismo para mulheres negras

redação da Tribuna do Advogado

           Foto: Bruno Marins |   Clique para ampliar
 
Nádia Mendes
Como o racismo impacta a trajetória de advogadas negras? Pra tentar responder a essa questão e destrinchar o tema do racismo estrutural, o Grupo de Trabalho (GT) Mulheres Negras da OAB Mulher realizou um debate nesta quarta-feira, dia 3. 
 
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A coordenadora do GT, Marina Marçal, apresentou o documentário Você não tem cara de advogada, que traz a experiência de colegas negras no dia a dia de trabalho. Frases como "você não está no nosso padrão", "seu estilo é alternativo", "o que você fez pra conseguir cursar essa faculdade cara?" são frequentes e reforçam a máxima de que para uma mulher negra ser vista como boa, ela precisa ser ótima.
 
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A pedagoga e integrante do Coletivo Madalena Anastácia Rachel Nascimento falou um pouco sobre colorismo ou pigmentocracia, termo que quer dizer que, quanto mais pigmentada for a pele de uma pessoa, mais exclusão e discriminação ela vai sofrer. Ainda que uma pessoa seja reconhecida como negra, a tonalidade da pele será decisiva para o tratamento que a sociedade dará a ela. "O colorismo é estrutural, um modus operandi formado pelo racismo. Sabemos que somos sub representadas na televisão e quando estamos representadas é em um lugar subalterno, mas as mulheres de pele mais escura nem representadas estão. Precisamos ter consciência da nossa responsabilidade coletiva em relação a isso", disse Nascimento. 
 
Após a fala de Nascimento, o Coletivo Madalena Anastácia apresentou uma peça de teatro. Também participaram do debate a escritora Janine Rodrigues, que abordou o racismo na infância, e a membro da ONG Criola Ana Míria, que abordou o racismo institucional. O debate pode ser visto na íntegra pelo canal da OAB/RJ no YouTube.
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