01/12/2017 - 17:45 | última atualização em 01/12/2017 - 17:52

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Futuro da advocacia é tema de congresso de gestão jurídica

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Bruno Marins |   Clique para ampliar
Na manhã desta sexta-feira, dia 1º, teve início a primeira edição do Congresso Nacional de Gestão Jurídica, organizado pela Comissão de Gestão Jurídica (CGJur) da OAB/RJ. O presidente da CGJur, Felipe Asensi, lembrou que ao longo do ano a comissão realizou eventos e produziu conteúdos sobre gestão jurídica.  
“O foco da comissão é oferecer ao advogado conteúdos que hoje não fazem parte do nosso cotidiano, tanto de ensino quanto profissional, e de certa maneira impõe a nossa trajetória. Durante esse ano a gente fez eventos muito diferentes, desde meditação até gestão feminina na advocacia, e estamos encerrando com um evento de maior fôlego voltado para discutir nosso grande objetivo que é a gestão jurídica”, disse Asensi. Também participaram da mesa de abertura o vice-presidente e o secretário da CGjur, Márcio Caldas e Luciano Lima, respectivamente.

O pró-Reitor da Universidade Castelo Branco, Telson Pires, ministrou a palestra magna do encontro, sobre a atuação do advogado no século 21. “Temos hoje mais de um milhão de advogados espalhados pelo país, temos mais de 1300 cursos de Direito, com uma concentração maior no eixo Rio-São Paulo. Desse quantitativo de advogados, grande parte são formados nos últimos 15 anos”, contextualizou.

Ele lembrou, ainda, que as universidades lançam, anualmente, mais de 80 mil advogados no mercado. “A advocacia está saturada de atuação para o advogado ou será uma área de boas oportunidades para o bom advogado?”, questionou. Segundo ele o divisor de águas é a percepção de que a advocacia mudou. “Não se pode mais advogar com aquelas posturas de antigamente. Quem não entender que o advogado hoje precisa ser um gestor, um administrador de um negócio, que é a própria carreira, e que o seu nome é uma marca está fora do mercado”, disse.

Para Pires, não se torna um bom advogado aquele aluno que tira boas notas durante a faculdade. “Pode acontecer daquele aluno mediano de repente ter mais sucesso que aquele que se dedicou, justamente porque essa percepção é o divisor de águas”, afirmou.

“Nesse cenário, se você não está apto para interagir, se você não criou estratégias de relacionamento com seus clientes, se não aprimorou a sua possibilidade de estabelecer novas relações de qualidade para potencializar o seu negócio, se não entendeu que seu nome é uma marca que precisa ser construída e que precisa ter um valor de mercado para que possa se tornar atrativa, você fatalmente está fora desse cenário”.

Após a abertura, foram realizadas palestras sobre planejamento estratégico, sustentabilidade e precificação; um minicurso sobre como desenvolver a inovação na advocacia; um painel sobre marketing jurídico, fidelização e encantamento de clientes e sobre como desenvolver o empreendedorismo jurídico.
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