Em Nova Friburgo, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro está desenvolvendo os projetos MP na Escola, que apresenta o trabalho do órgão nas escolas; e o Em Nome do Pai , cujo objetivo é corrigir eventuais problemas nos registros das crianças. De acordo com a promotora Simone Gomes, a aceitação da comunidade com relação aos dois projetos está sendo muito boa. "É uma boa oportunidade para que todos saibam o que um promotor faz, suas atribuições, endereço do MP, ouvidoria, denúncias, que, inclusive, podem ser anônimas, telefones, site. Com estes projetos, que têm total apoio dos governos municipal e estadual, o MP se torna um órgão de transformação social e os promotores trabalham fora do gabinete", disse ela. "No primeiro encontro, os alunos mostraram muito interesse, principalmente nos temas corrupção, impunidade, ética e moral", compeltou. Veja abaixo mais detalhes sobre os projetos. MP na escola O projeto MP na Escola pretende divulgar o Ministério Público entre os estudantes do ensino médio em todo o estado, para que as atribuições e a atuação da instituição sejam conhecidas e divulgadas para as famílias e comunidade dos jovens atendidos pelo projeto. O arquivo do manual de instruções pode ser baixado no computador. Trata-se de uma cartilha ilustrada, em formato de revista em quadrinhos, sobre o MP. O primeiro encontro deste projeto foi realizado no Curso Objetivo, na sexta-feira, 5. Nos próximos dias 22 e 29 de agosto e 5 de setembro haverá reuniões com diretores das escolas municipais e estaduais para apresentação do projeto também para as escolas públicas, no auditório do Centro Administrativo César Guinle (Avenida Alberto Braune 224, em frente à Prefeitura, Centro). Nestes três dias, diretores de escolas públicas já poderão deixar agendadas as visitas as suas unidades, sempre às segundas e sextas-feiras. Além de Simone Gomes, participam também das palestras os promotores Hédel Nara Ramos Júnior e Daniella Bard. Em nome do pai Este projeto tem o objetivo de reduzir o número de crianças que não possuem registro paterno. Por meio de parcerias com instituições de ensino e agentes de educação, promotores de Justiça atuam de forma integrada para garantir o direito à convivência familiar. O último censo escolar, datado de 2009, revelou que 4,85 milhões de alunos do país possuem filiação incompleta, sendo que, no Rio de Janeiro, 59.165 encontram-se nessa situação. Este projeto já está em andamento desde o ano passado em Nova Friburgo. As promotoras Simone Gomes e Letícia Galliez se encarregam de sua execução na cidade. Depois do bate-papo nas escolas, elas recebem os pais na sede do MP, munidos da certidão a ter os dados atualizados, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira. Este projeto já conta com 761 processos no MP e, dependendo do caso, pode ser feita busca de paternidade, inclusive com teste de DNA.