Desde terça-feira, dia 11, o Fórum Trabalhista de Nova Iguaçu está interditado, por tempo indeterminado, pela Vigilância Sanitária. A medida se deu por conta de uma infestação de pombos após dois magistrados e alguns serventuários pediram licença médica devido a problemas respiratórios oriundos da inalação das fezes secas dos animais. Para tentar amenizar os impactos com a interrupção das audiências, a Seccional e a OAB de Nova Iguaçu ofereceram ao TRT um andar da sede da subseção para a realização de audiências dos processos digitais durante a interdição do fórum. Até agora, contou o presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz, o tribunal não respondeu à proposta. "Concordamos com o fechamento do prédio, até por conta do perigo à saúde da população e dos profissionais que frequentavam o local. No entanto, esperamos que esta paralisação seja temporária e que todas as medidas para amenizar este fechamento sejam postas em prática. A Ordem se coloca a disposição para a busca de soluções. Já oferecemos um andar da sede de nossa subseção local e vamos agendar uma visita com a presidência do Tribunal a fim de acharmos novas alternativas", disse Felipe. Segundo a presidente da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas, Beatriz Seraphim, os advogados que atuam com Direito do Trabalho dependem, em sua maioria, dos recursos oriundos com as audiências. "Logo, esta interrupção das atividades em Nova Iguaçu pode gerar graves prejuízos, ainda mais nesta época do ano", alerta Beatriz. A abertura da subseção apenas para as audiências digitais deve-se ao fato de que há a possibilidade dos papéis dos processos físicos terem sido contaminados pela infestação, explicou o presidente da OAB/Nova Iguaçu, Jurandir Ceulin. "Em conversa com Felipe decidimos abrir as portas da subseção para o TRT, pois temos a obrigação de zelar pelo trabalho dos advogados. Mas também devemos estar atentos à segurança das pessoas que participarão dessas audiências, por isso a restrição aos processos digitais", diz. O Fórum Trabalhista de Nova Iguaçu possui cinco andares e foi inaugurado há apenas dois anos. Por ele circulavam mais de 500 pessoas por dia. A inalação do excremento de pombos, em forma de poeira, pode causar meningite, criptococose, histoplasmose, salmonelose, omitose, dermatites, alergias e toxoplasmose.