28/05/2014 - 17:37

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Falta de diálogo e remoções são alvo de evento sobre impacto da Copa

redação da Tribuna do Advogado

Às vésperas da Copa do Mundo, as intervenções urbanísticas para a realização dos grandes eventos no Brasil foram debatidas nesta quarta-feira, 27 de maio, na sede da OAB/RJ, em seminário realizado pela Comissão de Direito Urbanístico (CDU) da Seccional. Na abertura, o presidente de honra da CDU, o advogado Ricardo Lira, afirmou que "não se pode permitir intervenções, provocadas por eventos ou não, sem a proteção à moradia e sem audiências públicas que ouçam as pessoas que são tocadas nos seus interesses pela realização dessas obras".
 
Em relação ao modelo de acessibilidade universal para as cidades, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Sydnei Menezes, frisou ser necessária a atenção aos problemas ainda encontrados no Rio de Janeiro, lembrando a proximidade das Olimpíadas de 2016. "Quando percebemos, no momento de realização de grandes eventos, como é o caso da Copa agora, que apenas as áreas dos estádios, e, mesmo assim, nem sempre seu entorno imediato, são devidamente tratadas com preocupação, vemos que essa é uma questão a ser enfrentada".
 
Presidente da comissão, Rafael Mitchell falou sobre políticas públicas contraditórias: "Esse é um problema sério que vivemos: percebemos uma política pública de vai e volta. Um governo que adota uma lógica remocionista e um próximo que faz regularização fundiária. Acabamos não tendo um programa efetivamente de Estado, e sim, de governo".
 
O evento também contou com palestras do advogado Alexandre Mendes, da representante da Superintendência de Desportos do Estado (Suderj) Alana Pereira, do arquiteto Manuel Fiaschi e do desembargador do Tribunal de Justiça Marco Aurélio Bezerra de Melo.
 
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