31/07/2012 - 12:31

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Exigência do Exame de Ordem é discutida por advogados

redação da Tribuna do Advogado

A obrigatoriedade do Exame de Ordem foi defendida pela maioria dos advogados entrevistados pela Tribuna do Advogado na sala da OAB/RJ no Fórum Central do Rio. Questionada na sessão Tribuna Livre do jornal de agosto, a exigência do Exame, no entanto, não é unanimidade na opinião dos colegas.
 
Para a advogada Renata Villela, há uma diferenciação entre advogados mais antigos na profissão - que não passaram pela prova - com os mais novos. “Muitos dos antigos, se tivessem que passar pelo exame, não seriam aprovados. Isso fere a nossa igualdade”, disse. O advogado Antonio de Oliveira diz não conceber a ideia de que só a OAB seja submetida a esse tipo de prova. “As faculdades de Medicina, Odontologia e Engenharia não são obrigadas a passar por isso”, atestou. 
 
No entanto, a maioria dos entrevistados, como Alan Andrino e Miryam Figueiredo, assegura que só com o exame é possível melhorar a qualidade da advocacia. A proliferação das universidades e a precariedade no ensino são os principais argumentos para manter a filtragem realizada pelo Exame de Ordem.
 
“Acredito que não só no Direito, mas nas outras áreas deveria ter esse tipo de exame. Todo mundo pode fazer uma faculdade hoje em dia, mas nem todo mundo é capaz de exercer a sua profissão”, afirmou Marluzia dos Santos.
 
O colega Thalis Mota também defendeu a obrigatoriedade do exame, com a ressalva para que a prova não se torne tão difícil a ponto de virar uma espécie de concurso público. “Já que o MEC não fiscaliza do jeito que deveria as instituições de ensino, a OAB, por sua vez, tem que avaliar seus profissionais”, assegurou.
 
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