Pesquisa da OAB nacional com estudantes de direito revela que 70% deles aprovam o Exame de Ordem. Para o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado, este é um dos meios para garantir a excelência da entrada de bons profissionais no exercício da profissão. "Para a OAB, se fôssemos pensar só no lucro, melhor seria ter mais um milhão de advogados, o que nos daria uma arrecadação de R$ 600 milhões por ano. Abrindo mão disso, estamos priorizando o cidadão, porque a negligência de um mau advogado pode levar a pessoa a perder seus bens e a liberdade." Com relação ao grande índice de reprovação da prova, o presidente da Aasp, Sérgio Rosenthal, afirma que a maior responsabilidade é do estudante. "Um advogado não se faz em cinco anos apenas, e sim desde o momento de sua formação, com o uso correto da língua portuguesa. Não atribuo a reprovação às instituições, é papel do estudante estudar". O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, avalia o fim do Exame seria o fim da própria advocacia. "O profissional precisa ser capacitado, quem não fosse apto prejudicaria e muito a sociedade." Sobre a mudança de perfil de profissional, em que as mulheres ganham cada vez mais espaço, eles são unânimes. "A entrada delas deixa a advocacia mais charmosa, mas o profissional não se mede pelo gênero e sim por sua seriedade, conhecimento e comprometimento com seus clientes", disse Santa Cruz.