30/06/2017 - 15:09 | última atualização em 30/06/2017 - 15:22

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Evento apresenta como a multidisciplinaridade ajuda o Direito de Família

redação da Tribuna do Advogado

Foto: Lula Aparício   |   Clique para ampliar
Com o objetivo de explicar sobre as novas formas de abordagem do Direito de Família, as comissões Especial de Práticas Colaborativas (Cepc) e de Direito de Família (CDF) realizaram na manhã desta sexta-feira, dia 30, uma palestra explicativa sobre as diferentes funções de uma equipe em um modelo multidisciplinar de trabalho no setor.
 
A presidente da Cepc, Olivia Furst, apresentou um panorama geral de como um advogado pode trabalhar em parceria com outros profissionais no Direito de Familia: “A gente viu muito avanço na legislação dessa área nos últimos 15 anos. E o advogado precisa acompanhar essa evolução. Temos que repensar nosso papel nesse novo contexto: o que a sociedade e o próprio Poder Judiciário espera de nós?”.
 
Ela citou alguns modelos de resolução de conflitos já muito utilizados na área, como as já conhecidas mediação e arbitragem, além do próprio litígio que, segundo Furst, muitas vezes é, sim, necessário. “Não existe método melhor do que o outro. Existe um adequado para cada caso. E nessa abordagem conjunta que conseguimos identificar e endereçar cada questão como deve ser”.
 
Segundo a presidente da comissão, pode-se comparar esse trabalho a um “espírito de alfaiate”: “A cada novo encontro com a família tiramos novas medidas”.
 
Terapeuta de família e casais, Monica Lobo explicou o papel do psicólogo nessas equipes, principalmente na diferenciação das questões subjetivas e objetivas: “A parceria de psicólogos e advogados é produtiva porque que os advogados, por exemplo, me ajudam muito a ver questões objetivas. E o q faz a vida andar são as questões objetivas – tem q ter um processo, uma pensão, uma convivência. Só que no Direito de Família isso vai acontecer com essa lente de sentimento, ou de ressentimento. E aí vem o papel da equipe de ajudar os advogados a entenderem quais são as questões subjetivas que podem estar fazendo aquele casal não separar”.
 
Ela explica que tanto um profissional de saúde pode encaminhar um caso para o advogado como o contrário. “A equipe multidisciplinar oferece ferramentas de comunicação e negociação e o casal vai aprendendo como pode se relacionar em uma hora de conflito”.
 
O evento também contou com a apresentação da especialista na área financeira Maria Izabel Montenegro, falando sobre a importância da visão desses profissionais nas equipes.
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