Os empresários do setor de segurança privada apontam que uma eventual flexibilização para autorizações de porte de arma no país terá efeito nulo sobre a atividade. Um projeto de lei já aprovado em comissão especial da Câmara modifica o atual Estatuto do Desarmamento. O texto vai agora para análise do plenário da casa. Renomeado de Estatuto de Controle de Armas de Fogo, o novo conjunto de normas assegura a todos os cidadãos que cumprirem requisitos mínimos exigidos na lei o direito de possuir e portar armas de fogo para legítima defesa ou proteção do próprio patrimônio. Atualmente, o Estatuto do Desarmamento prevê que o interessado declare a efetiva necessidade da arma, o que permite que a licença venha a ser negada ou recusada pelo órgão expedidor. Para as empresas de segurança, a demanda corporativa e residencial por proteção está consolidada na cultura dos brasileiros, que diferentemente dos norte-americanos, por exemplo, têm resistência à autodefesa. "Não faz parte da cultura do brasileiro. O impacto é marginal para um setor que movimenta bilhões por ano", disse o presidente e principal sócio do Grupo GR, Maurice Braunstein. Entre as modificações, o texto diminui de 25 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas no país; estende o porte para outras autoridades, como deputados e senadores; e retira a proibição de posse e porte de armas de fogo para pessoas que respondam a inquérito policial ou a processo criminal.