A firme conduta como corregedora nacional de Justiça e a permanente luta pela manutenção do Estado Democrático de Direito foram alguns dos motivos citados para a concessão da medalha Tiradentes a Eliana Calmon, que também é ministra do Superior Tribunal de Justiça. O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, esteve presente e compôs a mesa durante a sessão solene, realizada nesta sexta-feira, dia 4, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ao discursar, Wadih elogiou a postura combativa da ministra. "Não podemos conviver com o sentimento de que a corrupção é inevitável. Nada mais apropriado, então, do que entregar a honraria máxima de nosso estado a Eliana Calmon, que tem tido uma atuação rigorosa, dura e implacável, como deve ser", disse. Ele falou, também, sobre a relação "extremamente produtiva" entre a Seccional e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Durante sua fala, Eliana manteve a mesma postura firme que tem em sua atuação como corregedora ao lembrar de sua trajetória. "Cheguei até aqui de uma forma absolutamente própria, sem dever favores a ninguém", afirmou. A honraria foi considerada por ela um estímulo a mais. "A medalha Tiradentes é um incentivo a continuar lutando por um Judiciário em que acredito, mais republicano do que federativo. Darei continuidade ao meu trabalho, seja na Corregedoria ou fora dela, enquanto for magistrada", finalizou. A homenagem foi idealizada pelo deputado Paulo Ramos (PDT), que afirmou estar convicto de sua iniciativa. "Tenho a certeza de que esta medalha encontra, hoje, seu verdadeiro significado. Estou certo de que, assim como Eliana, estamos, hoje, fazendo justiça", concluiu. Foram coautores os deputados Luiz Paulo, Gilberto Palmares (PT), Comte Bittencourt (PPS), Nilton Salomão (PT), Janira Rocha (Psol), Janio Mendes (PDT), Robson Leite (PT), Samuquinha (PR), Bruno Correia (PDT), Luiz Martins (PDT), Inês Pandeló (PT) e o ex-deputado e atual secretário estadual de habitação Rafael Picciani (PMDB),. Formaram a mesa do evento, além de Wadih, o corregedor do Tribunal de Justiça, Antônio José Azevedo, o ministro do STJ Adilson Macabu, o desembargador Siro Darlan, a procuradora geral do estado, Lúcia Lea, e o deputado Luiz Paulo (PSDB).