30/05/2012 - 10:44

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Diretas Já: Seccional da Bahia é a quarta a aderir a campanha

redação da Tribuna do Advogado

Mais uma seccional anunciou sua participação na campanha pelas Diretas Já na OAB. Agora, além de Rio, Minas e Pará, a Seccional da Bahia, por meio de seu presidente Saul Quadros, aderiu ao movimento.
 
Último a falar durante o ato em prol das eleições diretas, realizado na noite desta terça-feira, dia 29, no restaurante Barbacoa, na capital baiana, Saul se declarou
 
oficialmente favorável ao pleito lembrando o êxito de outra antiga reivindicação da categoria."A unificação do Exame de Ordem foi uma ideia que surgiu na mesma época que a ideia pelas Diretas. A primeira foi implantada. A segunda, ainda não", relembrou o presidente da OAB/BA que, pouco antes do ato, recebeu o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, em seu gabinete e debateu com ele quais seriam os melhores mecanismos para uma possível eleição direta.
 
Numa noite de reconhecimento do papel desempenhado pela OAB/RJ no impulso à campanha, Wadih pregou a
nacionalização do movimento. "Bandeira democrática não tem dono, tem destinatário", disse ele, que, assim como a maioria dos palestrantes da noite, creditou ao atual sistema eleitoral diversos problemas que a Ordem nacional enfrenta hoje. "Uma consequência da falta da democracia na escolha dos dirigentes nacionais da Ordem é a falta de transparência em relação a suas contas e decisões", pontuou.
 
Felipe Santa Cruz, presidente da Caarj, seguiu raciocínio semelhante ao apontar a internet - em especial, as redes sociais - como um dos caminhos mais eficazes para propagar o movimento. Os versos da música Viração, de José Fogaça, político gaúcho e também compositor, encerraram sua fala: "É que na minha terra / Um palmo acima do chão / Sopra uma brisa ligeira / Que vai virar viração". Felipe lembrou, também, que foi criado no site da campanha estão sendo recolhidas assinaturas para fortalecer projeto de lei sobre o tema em tramitação na Câmara.
 
Também recorrendo a versos, dessa vez do poeta baiano Gregório de Matos, o conselheiro federal pelo Rio Marcus Vinícius Cordeiro resumiu a força que os advogados comprometidos com a causa podem ter: "O todo sem a parte não é todo / A parte sem o todo não é parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte / Não se diga, que é parte, sendo todo".
 
Siqueira Castro e Cláudio Pereira, que completam o trio de representantes do Rio no Conselho Federal, centraram suas falas em dois problemas decorrentes da eleição indireta do presidente da OAB Federal: a transparência e a falta de legitimidade de um representante escolhido sem o consentimento da categoria. Pereira traçou um paralelo entre as escolhas de presidentes do Senado - eleitos pelos parlamentares - e os do executivo - eleitos diretamente pela população. "Quem tem mais legitimidade, José Sarney e Renan Calheiros ou Fernando Henrique e Lula?", questionou.
 
Participaram, ainda, o presidente da OAB/PA, Jarbas Vasconcelos, o vice-presidente da OAB/BA, Antônio Menezes, os conselheiros federais pela Bahia Luiz Viana Queiroz e Durval Ramos Neto, organizadores do evento, e representantes de Minas, Alagoas e Paraíba.
 
 
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