12/03/2013 - 19:07 | última atualização em 13/03/2013 - 10:59

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Diante de confronto na Baixada, OAB/RJ pede adiamento de desocupação

redação da Tribuna do Advogado

Após os confrontos desta terça-feira, dia 12, entre policiais e cerca de 800 famílias que há pouco mais de 20 dias ocupam um terreno da Caixa Econômica Federal (CEF) em Nova Iguaçu, a Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária  (CDHAJ) da OAB/RJ solicitou, na 2ª Vara Federal, o adiamento por dez dias do mandado de reintegração de posse expedido quinta-feira, dia 7, em favor da Caixa. No conflito, duas pessoas da Ocupação Oscar Niemeyer foram hospitalizadas.
 
Não havia caminhões para transportar os móveis, médicos nem assistentes sociais. O batalhão de choque foi muito duro, a situação ficou difícil
Aderson Bussinger
representante da CDHAJ 
Devido aos enfrentamentos, os oficiais de Justiça responsáveis pelo cumprimento do mandado reconheceram a impossibilidade de executar a decisão nesta terça.
 
"Não havia caminhões para transportar os móveis, nem médicos ou assistentes sociais. O batalhão de choque foi muito duro, a situação ficou difícil", disse o representante da CDHAJ Aderson Bussinger, que esteve no município. 
 
Para tentar ajudar na resolução do impasse, a Seccional conversou com as familias sábado, dia 9, e com representantes da CEF segunda-feira, dia 11. No terreno, estão sendo feitas obras do programa Minha Casa Minha Vida.
 
"O Estado não pode tratar uma questão social como um caso de polícia, não queremos outro Pinheirinho. As pessoas concordam em sair da ocupação, mas é preciso calma. Se for feita de forma apressada, certamente haverá violência, porque algumas pessoas vão resistir. Em uma desocupação sem negociação, sabemos como será o começo, mas não sabemos como vai terminar", destacou o presidente da Comissão da Seccional, Marcelo Chalréo, após a reunião de segunda.
 
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