29/08/2011 - 09:44

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Desembargador pede medidas de proteção a juízes

Do jornal o Dia

Ofícios cobram a implantação de medidas para melhorar a segurança dos juízes, com base na morte da juíza Patrícia Acioli, executada com 21 tiros no último dia 11, em Niterói. Entre elas está a instauração de um processo administrativo disciplinar para atribuir responsabilidade ao próprio Judiciário quanto à falta de segurança da juíza.

Alguns ofícios foram enviados pelo desembargador Siro Darlan ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos. Nos documentos, Darlan - que só quer se pronunciar após uma resposta do TJ às reivindicações - diz que é notória a correlação da morte de Patrícia Acioli com uma falha no sistema de autodefesa adotado pelo Tribunal de Justiça (TJ) e que a instauração de uma sindicância interna se faz necessária.

Os ofícios também pedem que sejam formadas duas comissões compostas por desembargadores, juízes e representantes da Associação de Magistrados do Estado (Amaerj). Uma seria dedicada ao acompanhamento das investigações criminais e a outra, à reavaliação do sistema de proteção que o TJ disponibiliza. Assim, seria possível propor ações efetivas para a segurança dos magistrados, principalmente os ameaçados de morte.

A prestação de contas de todas as medidas adotadas para assegurar a proteção dos juízes que atuam na primeira instância e a apresentação de um relatório com os critérios utilizados para a escolha de funcionários que fazem o curso de defesa pessoal ministrado nos Estados Unidos são outras solicitações.
 
 
Um minuto de silêncio

Ontem pela manhã, durante a Caminhada dos Advogados do Estado do Rio, na Praia de Copacabana, manifestantes fizeram um minuto de silêncio em repúdio ao assassinato de Patrícia Acioli.

Um oficial lotado no 7º BPM (Alcântara) é um dos suspeitos na morte da juíza. Conforme adiantou O DIA, as balas usadas no assassinato são da PM.

De acordo com as investigações da Divisão de Homicídios, a munição deflagrada encontrada no local do crime era de um lote vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) à corporação e teria sido distribuída para dois batalhões, entre eles o 7º, onde são lotados suspeitos da execução da juíza.
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