10/10/2011 - 11:14

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Decretada prisão de 7 PMs julgados por juíza

Jornal do Commercio

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de sete policiais militares que respondem a processos de homicídio em autos de resistência (mortes de suspeitos em confronto com a polícia) na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde a juíza Patrícia Acioli, assassinada em agosto, era titular.
 
A decisão, divulgada na sexta-feira, é do juiz Fábio Uchôa. O magistrado também determinou a suspensão do exercício da função pública e determinou a entrega das armas de outros seis PMs.
 
O juiz determinou, ainda, a suspensão funcional de Luiz Cláudio dos Santos, Jefferson da Silva Almeida, Claudio Germano da Silva, Henry dos Santos Bueri para evitar a prática de novos crimes. No dia 8 de setembro, o Ministério Público estadual requereu medida cautelar de suspensão de exercício de função de 34 PMs e reiterou o pedido de prisão de 28 deles. Na ocasião, Uchôa determinou que os advogados e defensores públicos dos acusados se manifestassem, primeiramente, sobre o pedido do MP.
 
Após analisar os processos e decretar a prisão de sete PMs, o juiz disse que a juíza Patrícia Acioli e o Ministério Público da Comarca de São Gonçalo iniciaram uma verdadeira "cruzada moralizadora" na região, com o objetivo de apurar e punir eventuais crimes de homicídios praticados por policiais militares e que vinham sendo registrados, em sede policial, como autos de resistência. Ainda de acordo com ele, os crimes geraram enorme repercussão na Comarca, causando desespero nos denunciados, que pensavam que sairiam impunes.
 
"Tanto isso é verdade que, a partir da deflagração dessas ações, policiais do 7º BPM que respondiam a ação penal neste Juízo, igualmente proveniente de "auto de resistência", teriam engendrado um plano, visando à morte da magistrada Patrícia, a fim de impedir que continuassem seu trabalho, o que, infelizmente, veio a se confirmar em agosto último passado. Policiais do 7º BPM que respondiam a ação penal neste Juízo teriam engendrado um plano, visando à morte da magistrada."
 
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