20/09/2012 - 10:25

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Correios devem manter funcionários trabalhando durante greve

Jornal do Commercio

Tribunal Superior do Trabalho (TST) estipulou ontem que 40% dos funcionários em cada agência dos Correios devem manter as atividades durante a greve da categoria. Caso a determinação não seja cumprida, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) será multada em R$ 50 mil por dia.
 
A decisão será publicada no Diário Oficial da Justiça de hoje. A federação trabalhista manifestou insatisfação em relação à decisão da ministra Maria Cristina Peduzzi, que conduziu a audiência de conciliação ontem, que acabou sem acordo. Segundo a ministra, foi considerada a proximidade do período eleitoral e a necessidade de manutenção dos serviços. De acordo com a Fentect, a maioria dos funcionários aderiu à paralisação, o equivalente a 117 mil dos 120 mil empregados. Aprovaram a paralisação os empregados da ECT em Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e no Tocantins. Em Minas Gerais e no Pará a categoria iniciou a greve na semana passada.
 
Na audiência de conciliação, realizada ontem, a ministra Cristina Peduzzi propôs reajuste salarial de 5,2%, aumento linear de R$ 80, pagamento de bonificação no final de ano em parcela única de R$ 575 e a negociação conjunta das demais questões reivindicadas pelos trabalhadores.
 
Proposta negada
 
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) rejeitou o aumento linear de R$ 80 proposto pela magistrada, argumentando que o impacto seria de cerca de R$ 950 milhões. A Fentect reclama que a empresa não repassa os lucros aos trabalhadores e pedem reajuste de 43% (33% de reposição e 10% de aumento), aumento linear de R$ 200, benefícios, esclarecimentos sobre possíveis mudanças no plano de saúde empresarial, pagamento de bonificação no final de ano e melhorias das condições de trabalho.
 
Funcionários relataram reclamaram que em muitos locais faltam protetor solar, bicicletas, uniformes, cadeiras e carimbos. Atualmente, a base salarial dos trabalhadores dos Correios é aproximadamente R$ 943. As partes (funcionários e direção da empresa) têm até o meio-dia da próxima segunda-feira para se manifestarem sobre o andamento das negociações. Caso não haja retorno, o dissídio será encaminhado à ministra do TST, Kátia Arruda.
 
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