22/06/2011 - 16:06

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Copa eleva passe de especialista em Direito Esportivo

Copa eleva passe de especialista em direito esportivo


Do jornal Brasil Econômico

22/06/2011 - Os grandes eventos para os quais o país se prepara começam a movimentar para valer o mercado de serviços jurídicos.

À espera de oportunidades que envolvem atletas, clubes, seleções e governos, escritórios de advocacia avançam em um campo pouco explorado: o do direito voltado ao esporte.

Um dos que estão se preparando para o novo cenário é o C. Martins & Advogados Associados.

O escritório está criando uma área para atender a nova clientela. À frente da equipe estará Martinho Neves Miranda, cujo currículo justifica a fama de craque dada pelos colegas.

Na bagagem o advogado carrega as experiências de ter criado o comitê jurídico que possibilitou a candidatura do Rio aos Jogos Panamericanos de 2007. O mesmo modelo foi utilizado depois e obteve sucesso. A cidade foi escolhida para sediar as Olimpíadas de 2016, também sob o comando do advogado.

Com seu conhecimento e trânsito, Miranda espera fazer do C. Martins uma das referências quando o tema é assessoria jurídica em contratos de licenciamento de marcas e cessão de imagem. "Essa será uma frente importante de atuação que precede os eventos. O escritório aposta muito nela." Outra banca que também está na disputa por contratos de propriedade intelectual é o Veirano, responsável no Brasil por cuidar da imagem de Usain Bolt, jamaicano campeão mundial e olímpico.

Mudança de perfil Para Miranda, a Lei Pelé fez os advogados voltados ao direito desportivo ganharem parte do espaço antes ocupado pelos tradicionais empresários de jogadores de futebol. Essa nova fase vem abrindo frentes de trabalho.

"As transferências de atletas brasileiros são cada vez mais comuns e os contratos, mais complexos. Ou o jogador é bem orientado por quem conhece a legislação ou aparecem problemas futuros que geram conflitos com os clubes".

Com uma área de esportes e entretenimento montada desde 2002 e quatro advogados dedicados, o Machado Meyer está envolvido nos projetos de construção ou reforma de cinco dos 12 estádios que estão sendo preparados para a Copa de 2014.

Para Ivandro Sanchez, sócio que comanda o segmento, o escritório leva grande vantagem em relação aos de menor porte para atrair clientes da área. O advogado, no jargão futebolístico, aposta na força do conjunto.

"Integramos a atuação da equipe que trabalha com esportes com outras. A construção de um estádio faz surgir demandas ambientais e de financiamento, áreas nas quais temos estrutura".

No que chama de direito desportivo puro, o Machado Meyer atua representando clubes, jogadores e empresários em processos arbitrais na Fifa (Federação Internacional de Futebol). Até hoje já intermediou 200 casos.

Outra banca que partiu para o ataque foi o Tozzini Freire, que tem como cliente o Internacional.

"Preparamos o clube no processo de escolha da empresa que reformará o Beira Rio", diz Rossana Fernandes Duarte, colorada de carteirinha e uma dos coordenadores do Grupo 2014 e Olimpíadas 2016, criado pelo escritório para cuidar de projetos esportivos.

Para a advogada, o Tozzini está preparado também para atrair investidores financeiros dispostos a aplicar nos eventos que ocorrerão no país. "Assessoramos a vinda da Hicks, Muse ao Brasil", cita, ao lembrar os investimentos feitos pelo fundo americano no Corinthians.

 

 

 

 

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