Na chamada Carta à nação, divulgada nesta quarta-feira, dia 19, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e entidades empresariais - as confederações nacionais do Transporte (CNT), da Indústria (CNI) e de Saúde (CNS) - afirmam que o país vive uma crise "ética, política e econômica" e defendem a adoção de medidas para melhorar o ambiente de negócios, como a desburocratização do processo produtivo, investimentos em infraestrutura e a aprovação de uma reforma tributária. No campo político, as entidades pregam a união nacional e defendem as investigações dos casos de corrupção. O documento não faz qualquer menção à presidente Dilma Rousseff e defende o respeito à Constituição. Ao ler a carta, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho, destacou que a história "julgará quem se opuser a contribuir para a não ocorrência do caos completo". "Esperamos a sensibilidade dos políticos eleitos para a implementação de uma agenda que abra caminhos para a superação das crises e para a recuperação da confiança dos brasileiros... É preciso que as forças políticas, de diversas matizes, trabalhem para a correção dos rumos da nação", diz um trecho do manifesto. Comentando a carta, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), enfatizou, ao se referir ao apelo por um entendimento em prol da economia do país, que nunca se recusou a dialogar. "Estou sempre disposto a colaborar com ações para ajudar na melhoria do ambiente econômico. Tanto que ontem [terça-feira] recebi representantes de vários setores para discutir a desoneração da folha. Vejo com simpatia qualquer movimento que venha dialogar", garantiu Cunha.