Advogado criminalista desde 1991, professor universitário desde 1994, pós-graduado em Direito e Processo Penal, mestre e doutorando em Ciências Jurídicas, James Walker acaba de assumir o posto de procurador-geral da OABRJ. Vai acumular com os cargos de vice-diretor de Valorização da Advocacia, de presidente da Comissão de Anticorrupção, Compliance e Controle Social dos Gastos Públicos da OABRJ e de conselheiro da entidade. Entre outras credenciais, James é ainda presidente do Instituto Brasileiro de Compliance, da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) e membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB). A nova empreitada, diz ele, será uma oportunidade de aplicar na Ordem a bagagem adquirida nas outras entidades associativas da advocacia e aquelas ligadas ao compliance. “Como procurador-geral da Seccional, sou o advogado da própria classe, advogarei para os advogados, e agradeço demais ao presidente Luciano Bandeira por ter confiado em mim”. É da sala no 8º andar do prédio da Avenida Marechal Câmara, 150, que o novo procurador-geral vai trabalhar nos casos em que a Seccional figure como parte ou amicus curiae, sendo porta-voz da posição da Seccional - e das 63 subseções - nas grandes questões que afetam a classe, notadamente a mercantilização do exercício profissional. “Temos uma série de iniciativas para combater esse abuso. Muitas vezes, são pessoas jurídicas que querem abocanhar uma fatia grande do mercado, gerando um desnivelamento nas possibilidades de atuação dos colegas, que são profissionais liberais. Um exemplo recente foi a atuação bem-sucedida de enfrentamento à oferta ilegal de serviços jurídicos pelo site ‘Não Voei’”. Outro eixo é a defesa do advogado e da advogada no campo da atividade particular, quando este ou esta se encontra vulnerável nas relações com as outras instituições do sistema de Justiça ou nas suas relações sociais de forma mais ampla. Em linha com a ética que vem regendo as gestões Luciano Bandeira, James conta que dedicará atenção especial à defesa da mulher advogada, colocando em primeiro plano o viés de gênero das opressões que pesam sobre a advocacia.