24/10/2014 - 17:42 | última atualização em 27/10/2014 - 11:37

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Compromisso com a reforma política encerra 22ª Conferência

redação da Tribuna do Advogado

 
Após quatro dias de intensos debates, palestras e reuniões em eventos paralelos, teve fim na manhã da última quinta-feira, dia 23, a 22ª Conferência Nacional dos Advogados, no Rio de Janeiro. Cerca de cinco mil pessoas assistiram às palestras de encerramento e às homenagens especiais e aos patronos do evento. 
 
Na solenidade de encerramento, o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, fez um breve pronunciamento no qual agradeceu aos presentes pela participação no evento.
 
"Foram 17.500 inscritos. Inovamos na formatação das palestras, que teve um sistema moderno de som, sem paredes entre os auditórios, permitindo que todos pudessem ouvir os aplausos a este ou aquele palestrante. Hoje, contamos com verdadeiras aulas de História e de Direito. Saem mais fortes a advocacia e a nossa pauta. Faremos no final de novembro um ato pela mobilização da reforma política. O Brasil sabe que pode contar com a Ordem", declarou Felipe.
 
Ele agradeceu ao presidente do Conselho Federal, Marcus Vinícius Furtado, e ao vice-presidente, Cláudio Lamachia, pela "confiança na realização do evento pelo Rio de Janeiro", aos presidentes das seccionais da Ordem, "em especial à Bahia, que abriu mão da candidatura em favor da nossa", e aos presidentes das subseções e aos conselheiros seccionais, nas figuras de Rainieri Mazzilli e Cristiano Fragoso, que "levam adiante a tradição de duas famílias importantes do Direito fluminense".
 
Em seguida, o presidente da OAB Nacional quebrou o protocolo e antecipou seu discurso de encerramento. "Quebrei o protocolo para que a última palavra da conferência fosse a leitura da Carta do Rio de Janeiro, que será feita pelo sempre presidente Eduardo Seabra Fagundes, esse exemplo de líder e advogado. Quero agradecer aos congressistas, aos funcionários que trabalharam, e em especial ao Felipe Santa Cruz. Trata-se de um líder formado na luta, que tem em seu DNA a luta pela democracia. O Brasil tem uma dívida com a família Santa Cruz, porque seu pai, Fernando, desapareceu para nunca mais. Homenagear Felipe é uma homenagem à democracia brasileira", disse Furtado.
 
Ele anunciou duas reformas internas no âmbito do Conselho Federal. "Colocaremos em discussão a proposta de uma cota de 30% para mulheres na direção de nossas entidades. Outra matéria que necessita de uma consulta à classe é a eleição da diretoria da OAB Nacional. Precisamos ouvir a classe e convocar um plebiscito para decidir a implantação do pleito direto para presidente do Conselho Federal", frisou.
 
Em seguida, foi feita a leitura da Carta do Rio de Janeiro pelo coordenador da comissão responsável pela redação, o ex-presidente do Conselho Federal Eduardo Seabra Fagundes. 
 
Entre os principais pontos do documento, está a defesa de uma "reforma política democrática", com destaque para maior representatividade popular e fim do financiamento privado de campanha.
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