As comissões de Direito Urbanístico e Imobiliário (Cdudi) e de Direito Condominial da OABRJ realizaram nesta terça-feira, dia 28, encontro para discutir o uso das novas tecnologias e as possibilidades criadas para a advocacia que atua na área imobiliária. O evento foi transmitido ao vivo no canal da Ordem no YouTube, assista quando quiser. Constituíram a mesa o presidente e o integrante da Cdudi, José Ricardo (Zeca) Lira e Leandro Sender, respectivamente; o presidente da Comissão de Direito Condominial da Seccional e da Comissão de Direito Imobiliário do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Arnon Velmovitsky; o tabelião titular do 8º Ofício de Notas do Rio de Janeiro, Gustavo Bandeira; e o fundador da Associação Brasileira de Law Techs e Legaltechs (AB2L Brasil), Bruno Feigelson. No início do encontro, Velmovitsky descreveu o tema como essencial para a classe. Segundo ele, a advocacia “precisa conhecer as novas ferramentas disponíveis no mercado imobiliário”. As palestras, ministradas por Leandro Sender, Bruno Feigelson e Gustavo Bandeira, expuseram a perspectiva de inovação para a área. Entre os tópicos apresentados estiveram, por exemplo, Direito e novas tecnologias; tokenização de imóveis; e as aplicações do metaverso, NFT (Token não-fungível), blockchain e smart contract no mercado imobiliário. “O que vemos hoje é que tudo acontece muito rápido, principalmente com os avanços tecnológicos. Essa tensão que sentimos com diversos acontecimentos no mundo acontecendo ao mesmo tempo, decorre dessa exponencialidade abstrata do ambiente online e estamos aqui para analisar o quanto isso afeta a nós enquanto advocacia”, ponderou Feigelson. “O uso de ferramentas tecnológicas no Brasil destoa um pouco da noção global, pois temos muito contencioso, somos o país com o maior número de processos judiciais em todo mundo. Nos departamentos jurídicos, por exemplo, já utiliza-se de assinatura eletrônica e outros meios de atuação”. Para o tabelião Gustavo Bandeira, a revolução tecnológica se faz marcante na vida social e profissional dos brasileiros. “O Direito deve acompanhar a evolução social, de fato, valor e norma. Ao mesmo tempo que essa tecnologia ocupa cada vez mais espaço no meio jurídico, ela também carrega consigo preocupações”, analisou Bandeira. “O lado bom é a democratização da informação, mas o lado preocupante está no que refere-se à doutrina, já que o Direito é o primeiro fronte da humanidade. Com a tecnologia, esse fenômeno avançou, como podemos ver com a disseminação do Jusbrasil (site de informações jurídicas). Temos que ter uma preocupação de não deixar o estudo doutrinário de lado e deixar com que a tecnologia ocupe esse espaço de maneira desenfreada”. O evento contou com a participação da plateia, que indagou os convidados com dúvidas e questionamentos sobre os temas abordados.