O tratamento dado pela Policia Civil de Goiás à delegada transexual Laura - que fará uma cirurgia de adequação de sexo e será incorporada a Delegacia da Mulher, como havia pedido - foi elogiado pela Comissão de Direito Homoafetivo da OAB/RJ. "É uma atitude respeitosa, ao garantir a uma servidora transexual tratamento digno e igualitário", afirma a presidente da comissão, Raquel Castro. O núcleo destaca que decisões como essa ainda são raras no Brasil, o que demostra o longo caminho a ser percorrido na busca de direitos LGBT. "Que o caso da delegada Laura sirva de inspiração, um bom sinal na mudança de postura que tanto desejamos ver não só na Policia Civil, mas em todas as instituições públicas e privadas, na busca de uma sociedade mais humana e respeitosa", completa Raquel, lembrando que a transexualidade, embora não seja mais considerada uma doença mental, permanece na lista da Organização Mundial de Saúde como "transtorno de identidade de gênero". "A Comissão de Direito Homoafetivo da OAB/RJ segue firme na luta a favor da despatologização da transexualidade", finaliza.