18/06/2013 - 13:25 | última atualização em 18/06/2013 - 16:24

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Comissão da Direitos Humanos da OAB/RJ presta assessoria a detidos

redação da Tribuna do Advogado

A manifestação popular que reuniu mais de cem mil pessoas nas ruas do Centro do Rio durante esta segunda-feira, dia 17, movimentou, também, a 5ª Delegacia de Polícia, responsável pela região. Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB/RJ, Marcelo Chalréo, cerca de 25 pessoas foram detidas arbitrariamente e contaram com a assessoria jurídica da Ordem, que acompanhou os protestos com o intuito de observar a atuação da Polícia Militar (PM) e outras forças do Estado.
 
Comissão da Seccional, que contou com apoio de voluntários, ficou toda a madrugada na delegacia
Para Chalréo, as detenções foram sem sentido e ocorreram em represália aos tumultos ocorridos momentos antes na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). "Não atendemos nenhum manifestante envolvido em atos de violência. Todos os que contaram com o suporte da Seccional foram detidos sob alegações falsas, como um grupo que não se conhecida e foi acusado de formação de quadrilha. A impressão nítida é que a PM quis 'dar o troco'", explicou.
 
Representada pelos advogados André Barros, Raul Lins e Silva, Rodrigo Mondêgo, Mário Miranda, além de Chalréo e outros voluntários, a comissão permaneceu na delegacia durante toda a madrugada, até que os presos fossem liberados. Segundo o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, o trabalho dos colegas deve ser destacado. "A Comissão de Direitos Humanos e os voluntários honraram as melhores tradições da advocacia fluminense", ressaltou.
 
Além da arbitrariedade nas detenções, ele criticou o uso de armas de fogo por parte dos policiais. "Enquanto estávamos na delegacia, chegaram quatro baleados. Relatos dão conta de disparos efetuados com pistolas 9mm e fuzis, que só podem ter partido da polícia, já que eram os únicos com este tipo de armamento", constatou.
 
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