10/04/2010 - 16:06

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Comissão de Direito Ambiental defende melhorias no Parque do Viegas

Comissão de Direito Ambiental defende melhorias no Parque do Viegas

 

 

Do jornal O Globo

 

10/04/2010 - Apesar de ter sede e capela tombadas pelo patrimônio histórico da União desde 1938, o Parque Municipal Fazenda do Viegas, em Senador Camará, não usufrui do status que obteve.

 

Desde 2008, o cenário de abandono é o mesmo: as paredes estão pichadas, mato alto é visto por toda parte, não há guardas municipais e falta luz, pois cabos de energia foram danificados ou roubados. Para piorar, lideranças comunitárias denunciam o surgimento de construções irregulares e o uso da área como esconderijo de armas e rota de fuga de traficantes da Favela do Sapo.

 

A Fazenda do Viegas, construída em 1725, serviu ao plantio de café e cana-de-açúcar.

 

Para preservar sua história, a Associação de Meio Ambiente da Região de Bangu (AmarBangu) busca parcerias com universidades da Zona Oeste e tem planos para promover cursos de capacitação e inclusão digital no local.

 

"Queremos fazer uma gestão compartilhada com a prefeitura", diz Francisco Miranda, presidente da Amar-Bangu.

 

Segundo ele, a Comissão de Meio Ambiente da seção Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) fará uma denúncia ao Ministério Público para tentar responsabilizar os antigos administradores da fazenda pela situação de abandono.

 

"O parque tem importância cultural, histórica e ambiental. Em dois anos, não vimos a prefeitura negociar nada. Tudo sempre fica na conversa", reclama o advogado Jorge Chaves, integrante da comissão da OAB-RJ.

 

A antiga gestão da Fundação Parque e Jardins, informou em 2008 que contrataria, por meio de uma licitação, uma empresa para cuidar da manutenção da fazenda. No ano seguinte, houve nova promessa de criar um contrato de conservação específico.

 

Até hoje, porém, nada saiu do papel.

 

O órgão informou que técnicos realizam vistorias frequentes na tentativa de repor ou consertar objetos danificados quando esses não são "furtados por integrantes da facção criminosa que transita na área". Em nota, a fundação afirmou ainda que "a ação de vândalos continua sendo um dos maiores problemas para a manutenção do local".

 

O subprefeito da Zona Oeste, Edimar Teixeira, garante que o espaço será revitalizado, mas não sabe precisar o custo das obras nem a data do serviço.

 

"A Secretaria de Meio Ambiente está levantando custos. Não é obra barata nem fácil de fazer, mas pode sair este ano", diz Teixeira.

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