O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Marcelo Chalréo, esteve presente ontem ao ato de repúdio à indicação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O evento foi realizado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e contou com a presença de representantes de diversos setores da sociedade civil. Diante de um auditório lotado por mais de 600 pessoas, artistas, parlamentares e lideranças religiosas de diversos segmentos demonstraram indignação com as declarações de cunho discriminatório de Feliciano. De acordo com Chalréo, o ato foi marcado pela pluralidade. "Foi um encontro democrático. A indicação de um cidadão que tenha escancaradamente uma posição religiosa excludente para liderar uma comissão desta importância viola todos os preceitos e bases construídas em relação aos direitos humanos até hoje", afirmou. Para Chalréo, a repulsa não é especificamente em relação ao deputado, mas sim ao perfil de Feliciano. "Trabalhamos em busca de solidariedade. Não adianta trocar uma pessoa por outra que também tenha uma postura homofóbica e de desrespeito a outras religiões. Não podemos ter uma liderança que se porte publicamente contrária às políticas inclusivas que vêm sendo promovidas no Brasil e no mundo nos últimos anos", finalizou.