A Caravana da Mulher Advogada já rendeu frutos além de sua proposta, que é percorrer todos os fóruns do Rio de Janeiro cobrando a efetividade da Lei Julia Matos, garantindo o respeito às prerrogativas das mulheres advogadas. Conversando com colegas de Santo Antônio de Pádua sobre as demandas locais na passagem pela comarca nesta quarta-feira, a presidente da comissão OAB Mulher, que lidera o mutirão, Marisa Gaudio, e a presidente da Comissão da Mulher da subseção local, Fernanda Lisboa Xavier, receberam um pedido de auxílio para um caso de medida protetiva em razão de violência doméstica. Segundo Gaudio, o pedido da advogada havia sido negado pela juíza local pelo entendimento de que não havia indícios suficientes para caracterizar sua cliente como vítima de uma agressão física: "Porém, juntamos jurisprudência e pedimos reconsideração da juíza, argumentando que apesar da falta de indícios da violência física que a cliente da colega sofreu, ela sofria também violência psicológica por parte do marido, inclusive com ameaças. Nosso pedido foi aceito e a medida protetiva foi deferida", comemora. Nesta quinta-feira, a Caravana passa pela comarca de Campos dos Goytacazes, onde se reúne com a diretoria do fórum local e também do fórum de São Fidélis. "Aqui, encontramos três advogadas que nos relataram estar passando por situação de assédio moral. Elas estão recebendo o apoio institucional da comissão e do presidente da OAB/Campos, Humberto Nobre", conta Gaudio. A Caravana da Mulher Advogada passou também esta semana pela comarca de Miracema. Além de Gaudio, estão participando do grupo a coordenadora do Grupo de Trabalho de Prerrogativas da comissão, Fernanda Mata, e a presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) da OAB/RJ, Silvana do Monte Moreira, que também é membro da OAB Mulher.