05/02/2015 - 21:54 | última atualização em 05/02/2015 - 22:08

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Bernardo Cabral é homenageado com livro e ato na Seccional

redação da Tribuna do Advogado

A busca pela democracia e o amor à advocacia deram o tom da sessão do Conselho Pleno desta quinta-feira, dia 5, que da homenageou Bernardo Cabral com um ato e com um livro sobre Direito Constitucional. Relator-geral da Assembleia Constituinte de 1987/1988, ex-ministro da Justiça e ex-senador, Bernardo Cabral destacou que o cargo que mais lhe trouxe satisfação foi o de presidente do Conselho Federal da Ordem.

"Carrego comigo a marca de ter comandado a Ordem dos Advogados do Brasil, instituição que esteve ligada a toda minha trajetória pública", afirmou.

A Seccional, com apoio da Confederação Nacional do Comércio, lançou, na ocasião, o livro sobre Direito Constitucional que destaca o papel de Cabral na elaboração da Carta Magna brasileira. A obra reúne artigos de personalidades do meio jurídico brasileiro, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e os ministros da corte Marco Aurélio Mello e Luiz Fux; os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques e Humberto Martins; e a presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth; dentre outros nomes, abordando diversos temas que celebram as duas décadas e meia do documento.

"Toda homenagem a Bernardo Cabral é ainda singela e pequena, mas devemos fazê-la, para ressaltar a trajetória desse grande homem e grande advogado. Para nós, da Ordem dos Advogados do Brasil há um orgulho especial por, antes de ser senador e ministro da Justiça, Cabral ter sido presidente do nosso Conselho Federal, em um tempo difícil, de grandes enfrentamentos", ressaltou o presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, lembrando da atuação do homenageado, no início da década de 1980.

"Ele deixou para a Ordem aquilo que o homem pode dar a sua entidade nos momentos de dificuldade, que é seu melhor, o melhor para superar o momento adverso da forma que a OAB funciona: voluntária, gratuita, formada por homens e mulheres que gostam e precisam doar parte do seu tempo para a atividade coletiva da advocacia", completou Felipe.

Em seu discurso, Cabral lembrou de histórias de várias fases de sua vida, relacionando-as com a advocacia e seus princípios de democracia e justiça. Integrantes da mesa, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ), Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho; o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Técio Lins e Silva; a corregedora do Tribunal Regional Federal da 2ª região Salete Maccalóz; e o presidente de honra da editora JC, que publicou o livro, Orpheu Salles, teceram elogios à trajetória do advogado.

"Há muitas coisas que aconteceram na Constituinte que não são fatos adjacentes, mas nem por isso ganham o destaque necessário, como as emendas populares, uma produção constitucional. Bernardo foi uma parte importantíssima dessa historia", enfatizou Maccalóz.

Segundo Cabral, o motivo de não advogar mais nos tribunais regionais de sua terra, Amazonas, e do lar que escolheu, o Rio de Janeiro, além das cortes superiores, é a concorrência desleal que teria com seus colegas: "Fiz tantos amigos ao longo desses anos e muitos deles estão nos tribunais. E não gostaria de pensar de forma alguma que meus laços poderiam influenciar na concorrência”, finalizou

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