Os auditores substitutos de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Andrea Siqueira Martins, Marcelo Verdini Maia e Rodrigo Melo do Nascimento iniciaram, nesta terça-feira, dia 29, o curso de formação organizado pela Escola de Contas e Gestão (ECG). Nesse primeiro dia do curso, os auditores, que tomaram posse no cargo na véspera, participaram de uma roda de conversa com o conselheiro substituto do TCE-MT Moises Maciel, que compartilhou com os novos colegas sua experiência no exercício da função. Os três auditores são os primeiros titulares do cargo regulamentado pela Lei Complementar nº 156/2013, que alterou a Lei Orgânica do Tribunal e teve origem num projeto de lei de autoria do próprio TCE-RJ elaborado por iniciativa do presidente Jonas Lopes de Carvalho Junior. O curso visa à ambientação dos auditores à estrutura e atuação do TCE-RJ, além de orientá-los sobre as atribuições do cargo. “Como disse o nosso presidente durante a posse, não há que se falar em curso de capacitação, porque vocês já demonstraram sua proficiência ao serem aprovados num concurso que apresentou um conteúdo programático muito amplo”, afirmou aos auditores a diretora da ECG, Paula Alexandra Nazareth, que integrou a comissão organizadora do concurso público no qual os três servidores foram aprovados. Paula Nazareth explicou aos auditores que “a proposta é apresentar e trazer à discussão temas que possam agregar valor. Também estamos abertos a discutir matérias que vocês julguem que poderão fazer diferença no exercício de suas funções”. Entre os assuntos que serão debatidos no curso de aproximadamente dois meses estão o papel do TCE-RJ no controle da administração pública do Estado do Rio de janeiro e a Deliberação 263/2015, que criou as Câmaras Julgadoras do TCE-RJ onde os auditores atuarão e fixou as suas atribuições auditores junto aos órgãos colegiados da Casa. Modelo constitucional Em sua apresentação, o conselheiro substituto do TCE-MT Moises Maciel falou sobre o papel do auditor substituto nos Tribunais de Contas, seus desafios e responsabilidades, além de destacar a importância para a categoria da Audicon – Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas, instituição da qual é 2ª vice-presidente. O conselheiro substituto também parabenizou o TCE-RJ “por estar perseguindo a implementação do modelo constitucional, em relação à Magistratura de Contas, agregando ao seu quadro os conselheiros substitutos. É um grande avanço do nosso querido Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro”. Na opinião unânime dos auditores, o curso de formação será essencial para auxiliá-los no exercício de suas atribuições. “Minha expectativa é que o curso nos proporcione conhecimentos além das questões técnicas e nos dê um background para podermos atuar com mais proficuidade nas Câmaras e no Plenário, quando em substituição aos conselheiros”, disse Rodrigo Melo do Nascimento, que traz na bagagem profissional quase 15 anos de trabalho em Tribunais de Contas, no caso o TCMRJ e o TCU. Para Marcelo Verdini Maia, “esse curso será importantíssimo, porque há muito tempo eu já não trabalhava na área de controle. Então, apesar de ter estudado muito para o concurso, há conhecimentos que nenhum livro traz. A oportunidade de termos professores, instrutores e servidores do Tribunal compartilhando suas experiências, sabermos melhor o tipo de trabalho que cada setor faz, como eles se conectam entre si, quais são as sinergias, tudo isso será primordial para o nosso trabalho”. Marcelo Maia trabalhou no Ministério da Fazenda e no Banco Central, mas desde 2012 dedicava-se à carreira acadêmica como professor de Economia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A ambientação de novos servidores, promovida pelo TCE-RJ, não é novidade para a auditora substituta Andrea Siqueira, que ingressou no Tribunal como analista de Controle Externo através do concurso público de 2012. “Essa preocupação do Tribunal com a formação dos seus novos quadros é essencial. Inicialmente fui lotada no setor de auditoria e, como nunca tinha atuado nessa área, se não fosse o curso eu iria chegar ao setor sem saber nada sobre o trabalho. Mesmo depois, ao ser lotada na CAR (Coordenadoria de Análise de Recursos) e atuar na minha área, recorri às apostilas do curso quando tive dúvidas”, lembra Andrea Siqueira, que é graduada em Ciências Econômicas e Direito.