A fim de receber mais advogados e ouvir suas opiniões a respeito da possibilidade de descentralização das varas da Justiça do Trabalho (JT), a audiência pública que a OAB/RJ organizou para tratar do tema será realizada na própria sede da Seccional, dia 25, às 17h. O encontro será o primeiro de uma série de audiências públicas que a Seccional promoverá com o objetivo de ouvir a opinião dos colegas sobre temas importantes para a advocacia. A descentralização foi proposta, inicialmente, pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e encampada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-1). Membros das duas cortes serão convidados para participar da audiência, assim como da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat) e do Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro. "Pessoalmente, sou a favor da descentralização. Acho que facilitará o acesso da população à Justiça. Não tem sentido um trabalhador e seu advogado se deslocarem tanto em busca do Judiciário. E o caótico transporte urbano que liga a Zona Oeste ao Centro piora a situação. No entanto, como presidente da Ordem, quero escutar a opinião dos colegas, ver o lado de quem discorda", afirmou Felipe, na época. O argumento de quem defende a descentralização é a demanda gerada pela Zona Oeste - área que corresponde hoje a 25% da distribuição na JT, ou cerca de 200 mil dos 800 mil processos existentes. As 82 varas da capital estão instaladas no Centro da cidade, distante cerca de 70km de bairros como Barra da Tijuca, Bangu e Campo Grande. Já os que criticam a descentralização argumentam que a realização de audiências na Zona Oeste implicaria em deslocamentos dos colegas que militam no Centro para os bairros daquela região, enfrentando as mesmas dificuldades de transporte. Além disso, outra crítica à proposta de descentralização é que a marcação em vários locais tornaria inviável a realização de mais audiências em um mesmo dia - o que atualmente seria possível com a centralização das mesmas em um único local, no Centro.