12/07/2012 - 16:51

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Em audiência pública, OAB pede obras de reconstrução em Friburgo

redação da Tribuninha

Durante a audiência pública promovida pela OAB/Nova Friburgo, em 5 de junho, na creche São José, a subseção cobrou do poder público a realização de obras de reconstrução e contenção de encostas em quatro comunidades da cidade: Alto Floresta, Alto dos Maias, Três Irmãos e Taurus.

Para o presidente da OAB/Nova Friburgo, Carlos André Pedrazzi, há descaso por parte dos governos. “O Estado tem que trabalhar para todos, mas deve voltar os seus olhos para as camadas mais carentes e dar vez e voz aos que mais necessitam. É na defesa dessa população menos favorecida que a OAB levanta a sua bandeira”, disse ele.
É na defesa dessa população menos favorecida que a OAB levanta a sua bandeira
Carlos André Pedrazzi

Segundo Pedrazzi, as associações de moradores procuraram a OAB em busca de auxílio. “Fomos contatados pela população de Três Irmãos, que nos pediu socorro. Ainda há pedras gigantes espalhadas por lá e elas podem rolar a qualquer momento, atingindo as casas”, avaliou. “É grave também a situação no Alto do Floresta e no Morro dos Maias”, acrescentou Pedrazzi.

Também presente à audiência, o advogado Rafael Borges, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Nova Friburgo, explicou que a intenção da audiência pública foi sensibilizar o poder público sobre a situação da cidade, que pode sofrer novas tragédias caso obras de contenção, por exemplo, não sejam realizadas e volte a chover forte. “O povo quer e precisa de respostas práticas. Não apenas promessas”, defendeu ele.

Obras em Três Irmãos precisam de licitação

De acordo com reportagem publicada no jornal A Voz da Serra nesta quinta-feira, dia 12, no bairro Três Irmãos, as obras, que já haviam sido iniciadas, estão temporariamente suspensas. Segundo o assessor da Secretaria de Reconstrução Serrana, Flávio Silveira, que também participou da audiência pública, a paralisação foi uma exigência da Caixa Econômica Federal, que fornece os recursos financeiros à inciativa. Para dar continuidade às obras, a Caixa exigiu, além do projeto de execução, um projeto de drenagem de encostas. ”Depois da aprovação deles, será realizada uma licitação para selecionar a empreiteira que assumirá as obras. Para não perder os recursos que seriam destinados ao projeto, o estado já solicitou a prorrogação do contrato com a Caixa”, explicou Silveira.

Ainda segundo o jornal, o deputado federal Glauber Rocha afirmou que a aprovação definitiva dos projetos depende apenas de “pendências administrativas”. Entretanto, tais pendências devem ser resolvidas ainda nesta semana, possibilitando o início dos processos de licitação. “O prazo que apurei em Brasília para que os trâmites burocráticos entre realização da licitação e início das obras sejam vencidos é até outubro, pelo menos”, disse o parlamentar.
 
 
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