13/10/2009 - 16:06

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Ativistas vão notificar OAB e MP sobre proibição da parada gay em Caxias

Ativistas vão notificar OAB e MP sobre proibição da Parada Gay em Caxias

 

 

Do jornal O Dia

 

13/10/2009 - A proibição da Parada Gay em Duque da Caxias, no último domingo, vai parar na Justiça. O superintendente dos Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Claudio Nascimento, anunciou ontem que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público (MP) serão notificados hoje sobre o que aconteceu no município da Baixada Fluminense.

 

O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, adiantou a O DIA que a entidade aceitará o pedido: "Nesse caso, cabe ação civil pública a favor da liberdade de expressão".

 

O subprocurador-geral de Justiça de Direitos Humanos, Leonardo Chaves,também prometeu estudar o caso. Deputado federal do PV e virtual candidato a governador pelo Rio, Fernando Gabeira classificou como autoritária a atitude do prefeito José Camilo Zito (PSDB).

 

Gabeira disse que a decisão passou uma imagem negativa do Rio para o mundo inteiro, contrariando a alegria dos brasileiros com as conquistas da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas de 2016.

 

"É preciso aceitar as evoluções em curso, caso contrário é melhor se candidatar em algum outro país, como a Coreia do Norte, onde ele seria mais feliz", criticou Gabeira.

 

Nem mesmo a coligação do PV como PSDB fez Gabeira atenuar as críticas. "É a primeira vez que ouço falar de uma atitude como esta no Brasil. Representa a contramão da história.

 

E vai contra o apelo mundial pela paz e pela tolerância", observou.

 

Ao saber que Zito disse que apenas 10 mil dos 150 mil eram de Caxias, Gabeira deu uma gargalhada.

 

Ex-secretário municipal de Assistência Social do Rio,Marcelo Garcia comparou Zito ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. "Ele usou de uma prerrogativa digna de um troglodita, do tempo que se podia proibir a liberdade de expressão, negando que haja diversidade sexual em Caxias. Só consigo compará-lo ao presidente do Irã", esbravejou Garcia.

 

"Foi um desrespeito muito grande proibir a parada na hora em que as pessoas estavam mobilizadas. Inacreditável. Por que não fez isso há uma semana?", perguntou.

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